Na fila do pão - As lembranças de 1958
O pão demorou a sair hoje cedo, na nossa Ideal. Fila crescendo e o papo de bola matinal tomou um rumo diferente,não se falou em Flamengo, Palmeiras, SAF do Vasco ou Botafogo, o assunto que dominou foi Seleção Brasileira e puxaram a conversa sobre Copa do Mundo 1958 e, claro, os celulares foram acionados para que os "flleiros" pudessem ter o assunto na ponta da língua.
Betinho, ainda um garoto na casa dos trinta anos, me manda, após ler no celular: - Dutra, o Brasil foi campeão invicto, mas tem uma curiosidade que até parece os times de hoje, me conta aí, vai?
- Não creio que você queira saber de curiosidade, meu caro jovem, disse eu, você está querendo que eu te diga que o time que jogou contra a Áustria, na abertura da Copa, que venceu por 3x0 com gols de Mazzola (2) e Nilton Santos, a primeira novidade, um lateral fazendo gol, e aí sim, a grande colocação que deve ser a sua.
E completo: Gilmar, De Sordi e Bellini, Dino Sani, Orlando e Nilton Santos, era assim que se formava o setor defensivo, Joel, Didi, Mazzola, Dida e Zagalo, isto mesmo, cinco ofensivos e seis defensivos, era o time que Vicente Feola mandou para campo contra todos que queriam Pelé e Garrincha, já, no time titular.
Naquela época, anos 1950, ainda não podia fazer alterações durante os jogos, e, no jogo seguinte, Feola tirou Dino Sani e colocou Zito ao lado de Didi e escalou Vavá na vaga de Dida, contra a Inglaterra e o placar não mudou e o 0x0 ficou cravado, e com uma atuação que não agradou ao treinador, que no jogo seguinte colocou Pelé e Garrincha, contra a União Soviética, e Pelé foi o grande destaque marcando um gol da vitória brasileira por 2x0, o outro foi de Vavá e Garrincha foi o grande nome da partida.
Tá legal assim, Betinho? E o pão chegou e a conversa ficou para terminar amanhã, mas tenho certeza de que os amigos da fila, que hoje foram muitos, já abriram o Google para saber se estou certo ou estou errado. A memória ainda tá cem por cento
Comentários
Postar um comentário