As regras básicas de uma boa pelada de rua ou de campinho

Novamente recebo um zap, desta vez do amigo Cacá Motta, falando das regras básicas das peladas de rua ou de campinho pequeno, tudo como d'antes, não no quartel de Abrantes, mas como na minha Miracema, nos áureos tempos das peladas do Rink e do Ginásio, onde craques como Genuíno, que nos deixou recentemente e faz companhia a outros grandes jogadores, aqueles que eram escolhidos primeiro, como Haroldo Bodica, ou aqueles que faziam a festa nas laterais do campo, como César Linhares, o César do Erotildes, figuras constantes das nossas disputadíssimas peladas do Ginásio Miracemense. 

Felizmente não andei pela regra de número dois, "ser escolhido por último é humilhação", posso não ter sido aquele craque, que sempre é escolhido na primeira pedida do par ou impar, mas como bom artilheiro era sempre um dos primeiros a entrar no time de um dos capitães, mas a regra três, das peladas de rua, não está clara. "Um time joga de camisa e o outro sem camisa", no meu tempo não tinha este negócio de diferenciar, poucas foram as vezes que vivi esta sensação, eram um punhado para um lado e um monte para o outro e quem quisesse que identificasse seu parceiro, era fácil, todos se conheciam e se entendiam muito bem. 

Ah! Tem a regra quatro, que é bem interessante e a dura realidade. "O pior jogador não é escolhido e vira goleiro". Correto. Quantos goleiros, que ficaram ótimos depois, foram para debaixo dos paus, ou entre os tijolos ou galhos que marcavam o gol, porque queriam brincar e não tinham qualidade com os pés e se revelaram ótimos arqueiros, certo Geneci Pestana? 

E tinha uma regra seguinte, que está aqui no regulamento me enviado pelo Cacá Motta, que "se não houver goleiro que se faça o rodízio". Eu detestava esta "lei" assim como odiava jogar uma pelada sem goleiro, mesmo que fosse frangueiro, como alguns amigos que se aventuravam a ficar por lá, era bem melhor e dava mais emoção as peladas, imagine você ter que levar a bola até certo ponto e não poder chutar de longa distância e nem mesmo cruzar na área para um bom cabeceador, como o Careca?

Mas esta de "piores de cada lado ficam na zaga", que marca a regra 7, não era muito respeitada no Ginásio, as zagas eram ótimas e sempre tinha um xerife, neste quesito, como o Ló Leitão, que batia até na sobra e era respeitado e líder, mas nem sempre era uma regra clara, tinha craques, como o Ivan Soeiro, o Batista Leite e muitos outros bons de bola que preferiam ser zagueiros, certo Gilson Coimbra?

Na boa, se tivesse juiz para apitar as peladas você acredita que ele sairia vivo do ginásio? Claro que é apenas uma colocação, mas não terminaria nem a pau a sua arbitragem. Lembro das peladas do Club XV e do Campestre, sempre apitadas pelo meu cunhado Artur Monteiro, que, cá prá nós, não chegava nem aos pés das nossas, sem apitador para atrapalhar, no Rink e no Ginásio, coisa de quem respeita as regras, como as que estão inseridas neste pequeno documento de organização das peladas.

Para encerrar: Já joguei, entre os grandes,quando era guri, na Praça Ari Parreiras, por ser o dono da bola, no Rink deixamos alguns "moleques" jogar pelo mesmo motivo, mas no Ginásio? Neca de dono da bola ter lugar, a pelota era rateada entre os participantes e quem chutava a dita cuja no "Vanor", chácara ao lado do campo, estava na regra,tinha que pular a cerca e buscar a redondinha, e não tinha a bola reserva, entendeu? 

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