Soberba ou a dura realidade? O Flamengo perde a invencibilidade no returno

Com dez minutos de jogo, quando já havia acontecido a penalidade máxima, mão na bola de Pará, eu já comentava nas redes sociais: Desandou a maionese, com relação ao jogo do Flamengo contra o Coritiba, e ouvi "calma, ainda é tempo", ou então "está irritado, vamos virar". 

É verdade, comentava o momento e não via o futuro do jogo, acreditando que estava comentando a partida para minha emissora de rádio e não assistindo como torcedor e no meio de torcedores fanáticos e envolvidos emocionalmente com seu time. 

O primeiro tempo foi todo do Coritiba, domínio absoluto do meio campo e força defensiva daqueles que estão correndo para fugir de um rebaixamento, aliás o Flamengo este mês está sendo a "mãe" dos times em má fase, vide a eliminação contra o Vasco, também justa, pela Copa do Brasil, quando fez de tudo para não seguir em frente na segunda mais importante competição do Brasil. 

O placar até que foi lucro, o 2x0 na virada dava a impressão de que poderia mudar, Osvaldo de Oliveira faria algumas mudanças e botaria o time mais ofensivo. Mas quem? Esta era a pergunta. No banco Marcelo Cirino era a melhor opção, e com Negueba 2 sendo a grande opção a situação estava mesmo desesperadora. 

E no mesenger, aquele aplicativo das redes sociais, meu amigo Gustavo pergunta: - O que você faria no intervalo para mudar o jogo? E Bicudo, saliente, que estava com meu celular na poltrona, responde sem minha autorização, mas com minha concordância.

- Eu daria uma boa surra de gurumbumba e todos estes caras, que não ganharam nada e se acharam os reis da cocada preta e botaram a soberba em campo por 45 minutos estragando todo trabalho do Vadinho, disse meu polêmico amigo e fiel escudeiro na hora do futebol. 

Pode até não ter havido surra de gurumbumba. mas houve uma seção de bronca que ouvi daqui da minha sala. O time voltou disposto? Pergunta Lelo na rede social. Voltou errando do mesmo jeito e o Coritiba se fechou ainda mais e foi travando todo o espaço de campo para o Flamengo e Ney Franco, que está acostumado a comandar times de porte pequeno, sabe como lidar com o desespero do grande necessitado de vitória e traçou uma tática inteligente e barrou todo time rubro-negro na sua defesa.

E Osvaldo reviveu os bons tempos de Cristóvão, no auge do desespero pediu socorro a Almir, o veterano e inútil meio-campista/atacante que há tempos não ficava sequer entre os principais reservas, e já sem Paulinho ficou sem Everton e, quando percebeu, o carrossel já tinha descarrilhado e a carruagem virado abóbora. 

E pensar que o São Paulo, o mais próximo concorrente ao G4, havia empatado no Morumbi, contra a Chapecoense e deixado espaço aberto para o Flamengo ficar livre e isolado em quarto lugar. E a zebra passeou na quarta-feira deixando os falsos candidatos ao título a ver navios. 

Comentários

  1. Não posso comentar nada sobre o jogo, que não assisti na íntegra, mas pelo comentário do Dutra o resultado foi até justo. Caros amigos rubro-negros, mesmo tendo uma melhora no seu desempenho em alguns jogos, a verdade é que a mídia esportiva endeusa toda e qualquer vitória do Flamengo, e boa parte da torcida vai junto acreditando até em conquista de título, o que se viu durante todo o dia de ontem após a derrota do Corinthians. O elenco ficou mais encorpado, o técnico atual é mais experiente, e até a briga por uma vaga na Libertadores ainda continua firme, o que já será um prêmio se imaginarmos a classificação do campeonato um mês e meio atrás. Esse time do Flamengo é praticamente o mesmo que teve aquelas atuações bizonhas contra o Vasco, que tem um time muito inferior tecnicamente, conforme vc também descreveu acima.

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  2. Adilson com o Cunha vestindo o manto sagrado deu sorte por não ser 8x3

    Mundinho

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  3. Nunca costumo concordar com Luis Carlos Jr e nem com o Roger e por isso analisando com visão de apaixonado torcedor, vi um primeiro tempo em que sofremos 5 ataques perigosos sendo que 2 deles se transformaram em gol e fizemos 5 ou 6 finalizações com a mesma intensidade de perigo e não convertemos em gol. Apaixonadamente vi um primeiro tempo igual. Já o segundo tempo foi um horror, não entendi até agora a troca do Paulinho pelo importado camisa 10, matou o time, as jogadas pelas pontas passaram a ficar por conta do Kaike e do Pará e quando conseguiam algo, não tinha ninguém na área, essa foi pra mim a morte do time numa noite em que ninguém jogou nada nem mesmo o Alan ficamos na dependência de uma jogada individual que nunca surgiu. Jogo fácil de ganhar é sempre jogo complicado pro Flamengo.
    Em seus comentários nas rádios, o saudoso João Saldanha diria, "o Flamengo vai jogar 90 minutos e poderá jogar 90 dias que não vai fazer gol nesse Coritiba de hoje, não jogando desse jeito".

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  4. Vou mais uma vez ser torcedor: A derrota foi merecida do Flamengo mas a vitória do Coxa não.

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