Rio de Janeiro, de saudade e do Flamengo

Ah! Se eu pudesse e a cidade deixasse eu estaria nesta quarta-feira no Rio de Janeiro, aliás, estaria desde hoje para aproveitar cada pedaço que por onde andei, curti e me deliciei com a fantástica ex-Cidade Maravilhosa. Minha última parada por lá, além dos aeroportos e da rodoviária, foi na Olimpíada 2016 quando, felizmente, a cidade recebeu uma trégua e viveu um mês de calmaria e paz.

Neste período revi o Maracanãzinho e a Praça Mauá, ambos revitalizados, andei pela Tijuca com o amigo/irmão Geneci Pestana, revi Otto Guilherme na Candelária e tivemos o prazer de trocar um abraço e meia hora de ótima prosa, e, pasmem, andei pela Saenz Peña e José Higino sem medo de ser feliz, só não tive tempo de andar pela Antonio Basílio, antigo reduto de peladas no Corpo de Bombeiros, no cruzamento com Av Maracanã e José Higino.

Maracanã? Desde 2014 que não dou as caras por lá, antigo frequentador, apaixonado pelas gerais e por quase trinta anos frequentando a cabine 18 do velho Mário Filho e os gramados com o microfone das emissoras campistas, hoje é só saudade e me falta coragem de novamente botar o pé na estrada e sentar à cadeira do Maraca para ver o Flamengo jogar, coisa que nos anos 70 era praticamente uma obrigação como ir a missa dominical. 

Queria pode ir ao Pão de Açúcar, visitar Copacabana, antigo reduto de trabalho e de praia, ali no Posto Seis, no então novo e bonito Hotel Regente, queria voltar ao Forte Copacabana e ao Aterro do Flamengo, para aquelas peladas gostosas com amigos ou jogar, aqui uma dose de saudosismo,  aquele campeonato de pelada promovido pelo antigo Jornal dos Sports, o nosso Cor de Rosa de tantas histórias esportivas. 

Mas não dá mais, tenho receio e me falta apetite para repetir e aceitar o convite da prima Cláudia Estrela, que me levou para ver Bélgica x Rússia, na Copa 2014, minha última paragem no antigo maior e mais bonito estádio do mundo, me falta condições físicas para repetir as velhas jornadas, saída de Campos lá pelas duas da tarde e voltar em seguida, nas transmissões da Campos Difusora ou Rádio Cidade de Campos, jornadas maravilhosas com Sério Tinoco (foto) e toda turma da latinha, muito embora me dê vontade de repetir quando ouço a equipe de Evaldo Queirós falando direto do Maracanã.

Queria estar à beira do gramado esta noite para transmitir ao vivo e a cores este Flamengo Atlhético PR, falar com Jorge de Jesus, conhecer Tiago Nunes, entrevistar Arrascaeta e apertar a mão de Gustavo Cuellar, e, com muita sorte, papear nas cabines com Gustavo Vilanni e fazer uma Selfie com Paulo Nunes, antigo artilheiro que tantos gritos de gol me proporcionou nas transmissões de Goytacaz ou Americano contra o CR do Flamengo. 

Mas nada, vamos ver pela Televisão, se com frio degustando um vinho chileno, se com calor saboreando uma cerveja belga ou holandesa, e nem me perguntem para quem torcerei, sabem que sou Flamengo e o meu medo é apenas a empolgação da torcida ou um possível clima de "já ganhou" por parte da rapaziada escalada pelo Mister Português, mas se me perguntarem, no profissional, eu digo que será complicado caso não saia um gol no primeiro tempo e que será fácil se marcar de saída ou fizer uma boa vantagem no marcador. 

Entenderam? O Rio de Janeiro continua lindo? Continua, mas mesmo assim eu ainda tenho meus receios, assim como tenho em relação ao Flamengo, que precisa se firmar para eu me ver novamente confiante e certo de que o título será um mero detalhe. E aí? O que achas? 

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