Um domingo para esquecer que existe futebol no Brasil

Uma tarde de domingo para ser esquecida por quem gosta de um bom futebol, jogado honestamente, disputado de forma decente e com times de qualidade superior ou, pelo menos, com jogadores um pouco mais interessados em sua profissão ou árbitros que não estraguem o espetáculo para qual foi pago para comandar. 

Vi dois jogos, zapeando de cinco em cinco minutos, e um terceiro que me fez mudar de canal apenas uma vez no primeiro tempo e outra no final dos dois jogos que via, ou seja, acompanhei a pelada do Morumbi, onde o Corinthians fez 1x0, acomodou no jogo, deixou o tempo passar de forma inteligente, pelo menos foi assim que Tite falou, e a pelada do Mineirão onde Cruzeiro e Atlético me fizeram lembrar dos jogos entre Miracema x Paduano, pelo menos nas cores da camisa, quando a rivalidade era maior do que o futebol que se jogava.

E o terceiro que vi, apenas dois minutos dos noventa e três jogados, vi o suficiente para esquecer um pouco desta imundice que é o Estadual do Rio de Janeiro e seus árbitros tendenciosos ou ruins por natureza, e foi, justamente no minuto que mudei de canal, após os finais dos jogos em São Paulo e Belo Horizonte, que vi a arrumação do pênalti em favor do Vasco, aos 48' do segundo tempo, pelo soprador de apito Daniel de Souza Macedo, único a ver mão na bola de Fernando, do Bonsucesso, em favor do grande Vasco da Gama, que se jogou mal ou bem não posso julgar e digo apenas o que vi, aliás o único lance do jogo que tive o desprazer em assistir. 

E por falar em lambança de arbitragem o jogo do Morumbi também não ficou atrás, o árbitro não viu mão de Gil, não tive esta impressão, deu falta fora da área e o bandeira assinalou penalidade e ele confirmou e no lance deu o segundo cartão para o zagueiro do Corinthians e, bem, e aí Rogério Ceni perdeu e o São Paulo se perdeu em campo. 

Ainda bem que teve a goleada do Barcelona, 6x1 no Rayo Valecano, com três gols de Messe e agora tem a abertura do Campeonato dos Estados Unidos com Kaká em campo e vamos ver se vale a pena ter como opção dos domingos de bola rolando por este Brasil sem qualidade em seus jogos, pelo menos nas arquibancadas o show é espetacular, diferente daquela meia dúzia de testemunhas que foram ver Bonsucesso x Vasco, no Engenhão, na tarde quente deste domingo. 

Comentários

  1. Assim disse o "grande" narrador do Sportv durante a transmissão do clássico carioca:"os quatro grandes estão muito equilibrados". O equilíbrio que existe é o da mediocridade técnica dos jogadores, da incompetência dos dirigentes, e do total despreparo do quadro de árbitros e auxiliares. Somando-se tudo isso, temos um campeonato que é tão digno e representativo como a classe política brasileira.

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  2. Ainda bem que o Categoria e o Mano Belo não "tem"Facebook. Fiz apenas uma observação por lá e até o Tadeu, elegante como sempre, sapecou uma resposta defendendo ardentemente "uma paixão tão esquecida" pelo Vasco. Fora os Lima, que poderiam ser também Miranda. Essa é a nossa paixão, esse tal de futebol. Mesmo ruim é ótimo. E teve "la mano" no gol do Frederico? CLARO.

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    1. Não fiz nenhuma defesa ardente, apenas relatei os fatos concretos e abstratos. Estou rindo até agora com o Eugênio Lima, esse sim, um apaixonado tipo rubro-negro. rsrs

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