O Urubu: Sufoco em Cuiabá e susto em Campinas

 Ontem, pouco antes de sairmos de Campinas, retornando a Campos após um final de semana em São Paulo, e que final de semana incrível, festa dos 90 anos do José Maria de Aquino, passeio pela capital dos paulistas, guiado pelo casal Lídia e Célio Silva, onde pudemos, finalmente, conhecer a Estação da Luz, um dos marcos do turismo de São Paulo, Marina conhecer o Museu da Língua Portuguesa, bem em frente a esta citada Estação da Luz, andar pela Fazendinha, o velho e bonito reduto corintiano chamado de Parque São Jorge, onde revi os lugares que marcaram a vida do "Canhão Brasileiro", o miracemense Célio Silva, eu fiz minhas orações pré-viagem e parecem ter dado certo. 

Explico: Decolamos do Aeroporto Internacional Viracopos, em Campinas, no horário previsto do voo de retorno, às 13:45h, e oito minutos após a decolagem o susto e o quase pânico a bordo da aeronave, fabricação da nossa Embraer. Nervosos comissários de bordo procuravam algo que ninguém sabia o que era, mas todos tinham a certeza de ser grave, afinal a agitação e o medo já tomavam conta da tripulação e, claro dos passageiros a bordo. 

O piloto, super competente, controlou a aeronave e a colocou, após diversas trepidações, em voo mais baixo, mas com sobressaltos. Veio o aviso, dez minutos após. 

- Senhoras e senhores, houve um choque de uma ave (urubu) com nossa hélice esquerda e a turbina foi afetada. Estamos retornando a Viracopos onde faremos um pouso de emergência, dizia o comandante da aeronave. O medo, que já estampava o rosto de muitos, aumentava para muitos e, sinceramente, para mim o susto já havia passado e o pouso daria calma a todos, principalmente as senhoras que já estavam à beira de um ataque de nervos. 

E, para relaxar, disse ao Ralph, meu filho, e a um passageiro, jovem e de mãos agarradas com a jovem esposa: - Fim de semana em que o Urubu se deu mal em Cuiabá, derrota feia para o Dourado, e aqui em Campinas, entrou pelo cano do motor que alimenta a hélice do nosso avião, lá no Mato Grosso o Flamengo não morreu, mas ficou preocupado com o futuro, e, cá em Campinas, a ave morreu e quase leva junto cerca de oitenta pessoas entre passageiros e tripulação. 

Mas cá estou para contar o acontecido e isto prova que foi apenas um susto, um grande susto, o primeiro em quarenta e três anos e sessenta e cinco voos (subidas e descidas) por este céu do mundo. Viva a vida e Viva Nossa Senhora, minha protetora. 

Ah! Os dedos ficaram marcados por que serviram de terço para muitas orações que fiz pedindo socorro a nossa Mãe. 

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