Papo de Bola - Ainda existe vida inteligente no mundo da bola

Aqui, neste sábado, véspera de um dia decisivo para o país chamado Brasil, um dia após um dia decisivo para um clube chamado Flamengo, abro este papo de bola chamando a atenção para dois comentários, um do Tadeu Miracema, na postagem de ontem, que respondo aqui, que foi sutil e definitivo em poucas palavras: "Está difícil comentar futebol nos dias de hoje", disse ele e eu, daqui do espaço, concordo plenamente e por isto andei e vou andar meio desligado do mundo da bola pelo Brasil, da mesma forma que estou desligado totalmente do movimento da bola doméstico, difícil de encontrar diálogo inteligente com a turma que ama o futebol. 

Não que os debatedores do dia a dia não sejam conhecedores do assunto, muito pelo contrário, entendem como eu, você e todos nós que amamos e vivemos o dia a dia do futebol, mas o radicalismo, assim como na política, impera e a razão vai pelo ralo abaixo e você perde espaço por discordar das opiniões, ou disse discordar entenderam? 

Ontem, por exemplo, no Armazém do Lenílson, eu e Fernandinho, meu amigo tricolor, debatemos sobre Lucas Paquetá, ele, Fernandinho, fã do camisa 11 do Flamengo, dizia: "o cara é um craque e é o melhor jogador do Flamengo". Teve apoio de um rubro-negro, ao lado, de um outro tricolor, também na roda, mas encontrou um muro, este que vos escreve, que respondeu: É preciso provar muito e hoje, contra o Corinthians, terá a chance de jogar em sua real posição sem Diego para atrapalhar, foi o que respondi e, felizmente, os dois flamenguistas da roda concordaram comigo.

Subi para ver o jogo em casa, quieto no meu quarto, Marina, minha esposa, estava na sala assistindo a uma série na Netflix e não incomodei, fui para o quarto, quietinho e vi Lucas Paquetá fazer tudo aquilo que pensei que pudesse fazer e ainda não tinha feito, e agora estou esperando a hora de ir para o Armazém, hoje tem churrasco promovido pelo flamenguista Cacado, e ouvir um "passa fora" do Fernandinho, que com sabedoria traduziu Lucas Paquetá antes do jogo de ontem, na Arena Itaquera.

Conto isto para dizer que há vida inteligente nas conversas sobre futebol, diferente do que estou lendo e assistindo nas conversas sobre política, ainda não vi um papo decente e só radicalismo extremo em todas as correntes partidárias, sem exceção, tal qual acontece, em muitas vezes, no futebol quando "meu time é melhor e ponto final". 

Sobre o jogo? Não há muito o que dizer, o Flamengo, como já havia feito nos dois jogos contra o Corinthians, em que saiu derrotado, dominou inteiramente e desta vez fez os gols que perdeu nos outros dois jogos e venceu, domínio total e vitória merecida, sem nada mais a comentar. 

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