Em bordões e manchetes relembramos o Fla x Flu

Abrem-se as cortinas do Maracanã, vai começar o maior espetáculo da terra, não será em um domingo, mas em um sábado, mas o sábado é nosso e será  para você, torcedor brasileiro, que faremos o melhor futebol do mundo. 

Mais ou menos assim diriam os monstros sagrados do rádio, Fiori Gilioti e Waldir Amaral, para descreverem o Fla x Flu deste sábado, no Maracanã? Creio que não, o clássico perdeu o glamour e não tem mais aquele charme especial que marcava o encontro destes dois velhos gigantes do futebol, que influenciou Nelson Rodrigues a dizer "o Fla x Flu começa cinco minutos antes do nada". 

E hoje, no antigo "maior do mundo",  algum craque" passa de passagem pelo lateral"  e coloca e gritará "a nêga, tá lá dentro". Um Fla x Flu sem "peixe na rede" não terá manchete fantástica do Cor de Rosa ou da Revista do Esporte, gênios das letrinhas fizeram história como os gênios da latinha, suas manchetes e seus bordões transformaram um simples jogo de futebol em um grande espetáculo, talvez sim o maior espetáculo do mundo. 

Jorge Cury, eterno narrador, rubro-negro confesso, contava com sua voz possante e maviosa o que acontecia nos gramados onde a dupla se enfrentavam, Ruy Porto, um tricolor, não confesso, tentava passar as táticas e a forma de jogar, sem as imagens da televisão, para que o torcedor entendesse o que se passava no campo de jogo. 

Meus amigos... diria João Saldanha, que usou este bordão antes do "bem amigos", do Galvão Bueno, o Fla x Flu não tem favorito, e Luiz Mendes, com sua palavra fácil, colocaria molho com jeito gaúcho de ser, minha gente, desportistas de todo Brasil, o Fla x Flu deste sábado será bem diferente daqueles velhos encontros dos anos 60 e 70 e com objetivos diferentes Flamengo e Fluminense entram em campo para fazer o torcedor se levantar das frias arquibancadas com seus ataques infernais. 

Não, Mendes, não há mais frias arquibancadas, ninguém se levantará porque já não se sentam mais nas cadeiras numeradas, nem os ataques são tão infernais como naquele famoso quinteto rubro-negro, Joel, Moacir, Henrique, Dida e Zagalo, ou na espetacular linha ofensiva tricolor com Maurinho, Paulinho, Valdo, Telê e Escurinho,  o quinteto se transformou em quarteto, passou a trio ou dupla e hoje um solitário homem de frente fica a espera dos passes, raros, de seus companheiros meio campistas ou alas, aqueles que no tempo dos quintetos ofensivos eram os laterais.
  
E nós, esperamos o que deste Fla x Flu de sábado? Quem será o "danadinho" que dará a vitória ao seu time de coração? 

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