E DEU BRASIL DE NOVO. QUE VENHA A HOLANDA

O Brasil parou mais uma vez, o final de semana, para muitos torcedores, foi daqueles prolongados e desejados por trabalhadores do país. Sexta-feira a cidade ficou deserta, à tarde, por conta de Brasil x Portugal, um jogo sem nenhuma emoção e que já mostrava a cara do time de Dunga sem Robinho e Kaká.

Contra o Chile, valia a permanência na Copa e a Seleção do Brasil estava completa. Todos os astros chamados pelo selecionador e todas as “feras” no gramado do Ellis Park, em Johanesburgo. Pela manhã, aqui prá nós e tarde lá prá eles, já sabíamos que a Holanda seria o adversário das quartas de final e a atuação do time Laranja pode não ter sido lá grande coisa, mas há que se temer os atacantes de alta qualidade e chatos para marcar, como Robben e Sneijder.

Não se assuste, eu disse as feras mesmo, Felipe Melo deu lugar prá Ramirez e toque de bola apareceu e a saída para o ataque foi com mais inteligência. Elano foi substituído por Daniel Alves e quem lucrou foi Kaká, que pode finalmente chegar mais a frente e o segundo gol, de Luis Fabiano, saiu de uma triangulação entre os três homens da frente.

A cidade parou após as duas da tarde. Bares e restaurantes da Pelica tinham público de final de semana, cerveja á mesa como se sábado fosse e a festa começou cedo. “O Chile é freguês de caderno e vamos detonar”, dizia um entendido do assunto já com a “cuca” cheia de algo mais. As meninas, pintadas e vestidas para o evento, desfilavam pela avenida sabendo que faltava apenas concretizar a vitória para sair em campo em busca de axé, pagode e tudo o que prepararam no ponto de encontro da juventude.

Faltava o jogo em si, o confronto entre as duas seleções sul americanas, que quando se enfrentam por aqui o ditame “favas contadas” realmente pertence ao Brasil. O Chile jamais foi uma ameaça, nem mesmo na sua casa, na Copa de 1962, os “rojos” nos deram susto, foi uma vitória fácil por 4x2 com um show de Mané Garrincha.
Os mais jovens ainda se lembram do jogo de 2002, outro ano vitorioso, e o Brasil repetiu 62 e mandou bem com uma vitória folgada, desta vez por 4x1. E agora, em 2010, como seria?

O Chile, sem três titulares, suspensos por cartões, e com a zaga reserva em campo, seria uma presa fácil para Kaká e Cia ltda. Bielsa, o técnico, depois de fracassar com a seleção de seu país, Argentina, quando tinha nas mãos um dos melhores elencos do planeta bola, prometia um milagre para o povo chileno. Ganhou uma oração, baseada no tradicional “Pai Nosso”, e foi prá campo com um jeito humilde e certo de que iria atrapalhar Dunga e sua turma.

Vi o jogo ao lado do amigo José Luis da Silva, o Categoria, e ouvindo comentários inteligentes e com a parceria do mineiro Paulo Hugo, botafoguense de quatro costados, que sentia falta da velocidade de Jairzinho, a elegância de Didi e a genialidade do Mané Garrincha, acima citado por este colunista feliz por ter todas as suas previsões acertadas.

Nosso encontro, na próxima sexta-feira, analisaremos o confronto contra a Holanda, as 11 da matina, e me parece que as quartas de final serão mesmo as finais, se não basta um Brasil x Holanda teremos ainda Alemanha x Argentina, e enquanto do outro lado o Uruguai enfrenta Gana e nos espera para mais um possível encontro sul americano.

Comentários

  1. O Felipe Melo não foi um desfalque. O seu afastamento por contusão veio na hora certa e resolveu uma parte dos problemas da Seleção, a saída de bola com mais velocidade e um número bem menor de passes errados, o que dificultava e muito as jogadas de contra ataque. Outro jogador que merece elogios é o zaguerio Lúcio, um dos destaques do jogo de hoje. Abrs

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