Meu adeus ao Eterno Camisa Oito - Adilio

 

Eu tenho sempre um pressentimento, ruim ou bom, quando vejo o tempo ao acordar. Hoje, por ter feito o tal de "sextou", eu acordei tarde, por volta das nove da manhã, o que não é normal, e nem a padaria fui pegar o pão nosso de cada dia e para aquele papo legal com os amigos da fila do pão. 

Não acordei triste, escrevi sobre a rodada de hoje, no Brasileirão, e me lembrei de um meio campo fantástico, Andrade, Adílio e Zico, talvez o melhor de todos os tempos do Flamengo, e fui procurar uma foto que tenho com Adílio, tirada em Miracema, em um dos jogos do Master na minha terrinha. 

Custei para encontrar, fiquei pelo menos uma hora procurando porque esqueci de colocar no catálogo do Google, que me permite encontrar as fotos em menos de trinta segundos. E, quando recebeo a triste notícia do falecimento do craque, me passada pelo amigo Sefinho Damian, um rubro-negro apaixonado e, como eu, fã de carteirinha de Adílio, e ao ler a mensagem uma luz chegou e encontrei a foto imediatamente. 

Porém... tem sempre um porém, tudo isto foi um alarme falso, como disseram, uma Fake News, mas o desenlace estava próximo de acontecer e a tristeza ficou. E hoje, segunda-feira, chegou aquela confirmação que não queríamos. Adílio, um dos meus ídolos rubro-negros, um craque dentro e fora de campo, se foi. 

E quem foi Adílio para este blogueiro e cronista? Foi um ídolo que tive o prazer de conversar várias vezes aqui no Arisão, no Godofredo Cruz, no  Caio Martins, em Niterói, e no velho Maracanã, sempre simpático e com uma palavra de carinho para este repórter, que quando encontrei em Miracema, neste dia da foto, ele me disse: - O que é que você está fazendo aqui, não diga que veio só para ver os craques do Mengão"?

Era dia de festa e sentamos para uma prosa legal, tomamos cerveja, pegamos tira-gosto e ao lado de Nunes e Júlio César, falamos de tudo, o título mundial, de nossas entrevistas no Palace Hotel, ele com sono ainda, era uma manhã de domingo, dia de jogo contra o Americano, mas me atendeu com a mesma educação que recebeu de sua mãe, de quem sempre falou e era apaixonado. 

Quanto ao jogador só alegria, nunca o vi jogar uma partida ruim, fez gols de título, como contra o Santos, na decisão do Brasileirão, fez partidas maravilhosas, com em Tóquio, contra o Liverpool, na decisão do mundial, e outras tantas por todos os lugares que mostrou a sua elegância e sua arte de jogar futebol. 

Hoje Adílio nos deixou, um câncer o matou e agora irá morar ao lado de muitos outros ídolos rubro-negros e deixa por aqui uma saudade enorme no coração dos flamenguistas juramentados, como eu e milhões espalhados por este mundo que lhe pertenceu por longos anos. 

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