Blog do Adilson Dutra

Meu conterrâneo, Brak, contesta os pessimistas de plantão, aqueles agourentos que esperam o fracasso de alguém para mandar “bala” na celebridade. Até dou razão ao visitante do meu blog, porém, tem sempre um porém, não podemos generalizar e tirar a liberdade de expressão de cada um dos companheiros que emitem suas opiniões na mídia, em modo geral, durante este período de Copa. Justifiquei com ele: No mundo da bola é tal qual no mundo político, há sempre um derrotado em queda livre após as eleições. Tudo bem, é uma comparação tola, dirão alguns, mas não posso contestar opiniões sendo eu um simples cronista do interior, um ferrenho combatente contra o cerceamento dos direitos de opinar. “Messi é um fracasso”, dizem alguns companheiros sobre o craque argentino do Barcelona. “Kaká é um enganador”, ouvi de outros que estiveram por lá ou permaneceram por aqui, no Brasil. “Klose é artilheiro nato”, ouvi dos mesmos alemães, que em 2006 crucificaram o jogador alemão, mandando até recados para qu

Ah! Que bonito foi ver o jogão entre um Paraguai audacioso, marcador e confiante contra uma Espanha atônita, surpresa e sem saber como sair da forma de jogar do adversário. Foi legal ver, nem mesmo passei por aqui no intervalo, achei que nada estava decidido e que a cada momento poderíamos ver um dos times saindo na frente e colocando vantagem no jogo. Tudo isto poderia ter começado no primeiro pênalti, que Casillas pegou de maneira espetacular, como poderia ser no segundo pênalti, que Xabi Alonso marcou e o árbitro, confuso e complicado, da Guatemala, mandou voltar. Então, para não desagradar Cardoso, Alonso jogou nas mãos do goleiro. Tudo igual e parecia que teríamos outra prorrogação, mas Del Bosque resolveu jogar prá frente e sacou o poste Fernando Torres e colocou mais toque de bola, o melhor jogador espanhol na atualidade, Cesc Fábregas, em campo. Logo depois o mesmo Del Bosque apostou em Pedro, o garoto do Barça. Aí foi diferente para a Espanha, fez 1x0 e poderia definir, porém,

O craque da Copa é alemão, tem um nome complicado, mas é velho conhecido nosso e meslo ainda jovem, 25 anos, mas já com uma rodagem de veterano. É líder no Bayern de Munique e o substituto melhorado de Balack, contundido, e que foi a Copa apenas para ver os jogos das sociais. Hoje, no segundo tempo contra a Argentina, ele, o craque Schweinsteiger, fez de tudo e até fez esquecer que Messi, o melhor do mundo, estava em campo. Schweinsteiger, na jogada do terceiro gol, deu um presente de amigo para o zagueiro, outro nome complicado, e apagou de vez a tentativa dos hermanos em virar o jogo. E por falar em Messi, que não fez gol na Copa, como Rooney e Kaká, e bem ao estilo Cristiano Ronaldo, ou seja, "Sou o melhor o time é que não ajuda", o craque do Barcelona vai embora sem ofuscar seu "patrão" Maradona, que continua como o único "deus" dos argentinos. Daqui da minha sala eu ouvi os foguetes, ouvi os gritos histéricos dos torcedores, e, claro, a alegria da tor

Tomaz Müller faz 1x0 para Alemanha e deixa Romero batido no chaão. Mal me ajeitei na poltrona e arrumei o som da televisão, finalmente aparecerem os outros canais de áudio prometidos para a Copa, ufa... Finalmente vejo em HD e com um som 5.1 e a vuvuzelas está mais viva e definida do que nunca. Mas eu dizia, mal me ajeitei na poltrona e a Alemanha já fazia 1x0 sobre a Argentina e colocou a prova a fraquíssima defesa do time de Maradona. Era tudo o que queria Löw, o galã alemão, opa, o treinador alemão, que viu seu time em vantagem logo aos três minutos de jogo. Pensei comigo mesmo: A Alemanha via recuar e vai ser um jogo feio e truncado. Engano meu. A Alemanha sentiu que dava e partiu com tudo, felizmente para os hermanos o atacante alemão é o polonês Klose, que é artilheiro, porem tem tudo para entrar na história como o maior perdedor de gols de uma copa. Só nesta já se vão mais de cinco perdidos, daqueles que era só comemorar e ultrapassar Ronaldo como o maior artilheiro das copas.

Eu não vou sorrir ou tripudiar em cima de uma derrota anunciada. Eu não soltei foguetes e nem mesmo dei gargalhadas por uma derrota anunciada. Eu sofri ao lado do meu filho e de minha esposa o mesmo que você, que vestiu verde/amarelo, sofreu ao lado de amigos ou da família. Porém, tem sempre um porém, não chorei ou me apaguei fisicamente por esta derrota anunciada. Eu, apesar de não crer, momento algum, neste time formado por Dunga, não perdi a esperança de que algo de bom estava reservado para este grupo concentrado e cheio de motivação. Dunga fechou a turma em uma redoma tentando evitar um oba-oba tal qual o de 2006, quando a festa antecipada e a falta de um cronograma de trabalho mais sério, nos levou a eliminação nas quartas de final, contra a França, de Zidane, um carequinha bom de bola e “inimigo” do futebol resultado. Com Felipe Melo contestado por muitos, inclusive por este que vos fala, e um grupo de jogadores, que não cabiam na lista de pelo menos 50% dos brasileiros entendid

Noriega, do Sportv, disse e eu assino embaixo: "Nem mesmo o grande roteirista de Hollywood poderia traçar um roteiro tão interessante e emocionante para este Gana x Uruguai, nas quartas de final da Copa 2010. Um jogo arrastado, Gana fez 1x0 e achou que levaria a vaga para semifinal, e o Uruguai, ao empatar o jogo, também acreditou que venceria com facilidade. Ledo engano, o jogo ficou feio, chato e duro de acompanhar. Veio o final do jogo e a prorrogação e nada mudou, exceto o último minuto, reservado para a grande emoção e um "grand finale" para os africanos. Suarez cortou com a mão um tiro, que tinha direção certa, foi expulso e o Uruguai foi punido com uma penalidade máxima, contra, aos 15' do segundo tempo da prorrogação. Giam, o artilheiro de Gana, foi chamado para cobrar, ele já marcara dois de pênalti na Copa, e o pior aconteceu, o artilheiro mandou na trave e mandou o jogo para decisão por pênaltis. E o cara ainda teve a coragem e o sangue frio de cobrar a pr

Eu não vou tripudiar ou comemorar. Estou triste como todos vocês, porém, tem sempre um porém, tive a coragem de dizer, sempre, que Felipe Melo não é jogador de seleção e Dunga não tem perfil de líder e de técnico de um time de qualidade como o nosso. Não tive medo de colocar a Holanda como minha segunda opção, a primeira era a Espanha, e o Brasil teria vida curta nesta Copa do Mundo da África do Sul. As críticas agora serão fartas e todos irão bater em Dunga e sua turma, mas o que penso, no momento, é Na tristeza de milhões de brasileiros, que vestiram verde e amarelo e foram as ruas para viver intensamente este momento. O que quero agora é ouvir, ler e ver o que aconteceu e tentar ouvir, de Ricardo Teixeira e sua troupe, o porque de insistir com o que acreditam se o certo. O que teria acontecido no vestiário brasileiro no intervalo do jogo? O time voltou diferente e totalmente descontrolado. Seria o destempero de Dunga, que desceu nervoso e cheio de broncas contra árbitros e os holand