Se tem discurso eu choro

Falo em público desde os quatorze anos, quando Geraldo Brandão, o saudoso "Mocinho", ao lado do Jorge Ripada, me transformaram em locutor da ZYJ não me lembro mais o restante do prefixo, que funcionava no Jardim de Miracema, ali, naquele que chamamos de Oca do Jardim (foto ao lado), apresentei comícios políticos, Festivais da Canção, isto ainda na nossa Miracema, e, quando por aqui cheguei (Campos dos Goytacazes), em 1979, comecei a trajetória no rádio, que teve passagem marcante na Princesinha do Norte, também na nossa Miracema, onde fizemos diversas transmissões externas, carnaval, futebol, desfile cívico, etc e tal, sempre ao meu comando ancorando ao lado de Renato Mercante e a turma do futebol. 

Por aqui, em Terra Goytacá, cobri futebol e carnaval, fiz eventos ao vivo na TV e no rádio fiz algum sucesso nas transmissões externas sempre ao vivo e com muita qualidade, sem modéstia, e o duro, minha gente amigo, é quando chega a hora do tal discurso, ser orador nunca foi meu forte, em 1973, na minha formatura do Curso Normal, no Colégio Miracemense, abdiquei ao cargo de orador da turma e escolhemos a bela Heloisa Firmino como tal, e foi um sucesso retumbante da moça, misto de qualidade de voz e firmeza na interpretação, choro só por minha parte, que escrevi o texto do discurso e me emocionei. 

Mas foi na primeira homenagem que me prestaram na minha cidade natal é que descobri que não sou o homem dos discursos, ao ser chamado para agradecer o título recebido, Miracemense Ausente Número Um, não consegui terminar a oratória, desabei em um choro compulsivo e foi aí que percebi que não sou capaz de fazer um discurso, faço de tudo em um palco, canto, danço e apresento, faço de tudo ao vivo, nas ruas, ou nos estúdios, mas fazer discurso...

E foi assim em Campos, quando recebi o título de Cidadão Campista, choro do princípio ao fim do evento, e, em Miracema, nas homenagens a mim prestadas, duas comendas, a de Jornalismo e a do Esporte, e não falei. Porém... tem sempre um porém, este ano preparei um discurso para agradecer aos acadêmicos da Academia Miracemense de Letras, ficou bem legal, e... nada, as lágrimas chegaram e só não sei se ficou ruim ou legal, a certeza é de que não cheguei sequer ao segundo parágrafo. 

Mesmo assim a vida continua, quem sabe um dia eu não chore mais...

Comentários

  1. Então, sabe como é caro Dutra? Fale de improviso, você é bom nisso, já o assisti umas cinco vezes e você foi ótimo.

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