O Natal das gerações "Parquinho"
Esta noite eu tive um sonho, parece que começo uma crônica de contos de fadas, mas nada, sonhei com a Fonte Luminosa de nosso jardim, claro que falo do mais belo jardim do interior fluminense, lá na minha Miracema, e hoje pela manhã, escolhendo fotos com símbolos natalinos, deparei com uma da Praça do Chiado, em Lisboa, lindamente ornamentada e parecendo demais com a nossa Praça Dona Ermelinda, na parte do Jardim, quando bem enfeitada assim como foi nos últimos anos que passei por lá as festas natalinas.
Do sonho só me lembro em ter visto a fonte toda colorida e com um belo trenó saindo, não sei como, das águas, mas hoje, aqui sentado, escrevendo e buscando os personagens que poderiam ser o nosso Papai Noel neste texto imaginário, encontrei um especial, do meu tempo, e então surgiu o título da crônica `"O Natal das gerações", e quem foi o escolhido? Neca Solão, o personagem das crianças dos anos 1950, ou então o Cabo Atleta, aliás estes dois se transformaram em um só no meu alter ego Ermenegildo, do Cabo Atleta, e Solon, do Neca Solão, que me acompanha por longos anos.
E a geração 1960 poderia escolher um personagem, real, que nos brindava com sua bela voz, segundo ele, cantando músicas irreconhecíveis sentados em um dos bancos bem em frente a fonte. Raul, o Juquinha, que não fazia mal para as crianças que o provocavam. Poderia ser o Raul o Papai Noel da geração 1960?
Chegamos aos anos 1970 e meus personagens já não se faziam presentes, eu já bem crescido, passando dos vinte anos, não teria mais a companhia dos meus amigos do parque, que ganhou o nome de seu construtor, Maximiliano Poly, ou simplesmente "Seu Marcílio", e as lembranças da Cissi Junqueira, a mais assídua frequentadora do Parque do Seu Ademar, era única que por lá marcava presença diariamente.
E eu, daqui deste espaço, não sei se muito lido, até envio uma mensagem aos vereadores da cidade, que tomarão posse neste primeiro dia do ano de 2025: Que tal nominar aquele cantinho das balanças "Cissi Junqueira" afinal nem o tempo me fez esquecer daquela doce pessoa balançando por ali com uma felicidade de uma criança como ela sempre foi.
Nos anos 1980 já foram os anos dos meus filhos e seus amigos que vieram para manter aceso o brilho do nosso Parquinho, e hoje, já nos anos dois mil, novo século, nossos netos e muitos bisnetos frequentam aquele lugar que manteve os mesmos brinquedos, claro que os modelos, o mesmo desenho do lugar e que agora tem o comando do Geraldo, um cidadão com o mesmo temperamento do Seu Ademar, tranquilo, bonachão e supereducado com os meninos e pais que por ali ainda fazem e marcam ponto diariamente.
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