Blog do Adilson Dutra

Meu termômetro para o jogo do Arisão, aqui pertinho de casa, é a torcida alvianil, que faz o sinal, lá de longe, para eu aumentar o volume do rádio e saber o que aconteceu em cada um dos gritos vindos das arquibancadas do estádio do Goytacaz FC, que hoje, às três da tarde, recebeu o Duque de Caxias para mais um jogo da Copa Rio de Profissionais. O primeiro tempo teve muito silêncio, apenas um ou dois suspiros da torcida, aquele famoso "UhHHHHHH", e claro, o placar não foi alterado na etapa primeira. A emoção ficou para o segundo tempo, e aí sim, os gritos eram mais fortes e os UHHHHSssss eram mais intensos. Estava com o rádio com o volume bem baixo, o 0x0 parecia que iria até o final, quando um grito se ouviu: "Gol do Goyta", gritaram lá na rua. Bingo! Vandinho faz a jogada e Saulo marca de cabeça, isto aos 43" do tempo final. Outro grito, desta vez mais forte, e pensei comigo mesmo, acabou o jogo e o alvianil está classificado. Nada disto, eram decorridos

O Flamengo não jogou bem, desperdiçou chances reais de gol, foi vulnerável na defesa, principalmente no lado de Gonzales e Ramon, não foi criativo no meio campo e até a marcação, forte de do paraguaio Cáceres, esteve claudicante. E então, como é que ganha um jogo com tantos defeitos assim? Simples, meu caro blogueiro, o adversário foi o lanterna Atlético Goianiense, praticamente rebaixado, e uma "galinha morta" que quase complica o jogo para o Flamengo, que com a vitória foge um pouco do sufoco da zona perigosa e ganha motivação para o jogo de quarta-feira, no Engenhão, contra o Atlético Mineiro. Eu disse, aqui abaixo, que tudo poderia acontecer no Engenhão para Botafogo e Corinthians, tá lembrado? E aconteceu mesmo, até a repetição da "patriotada" de Sandro Meira Ricci, que substituiu o famoso árbitro José de Assis Aragão, apelidado de "Aragalo", e mais uma vez deu uma mãozinha ao Corinthians, e, na próxima semana, ele estará de volta soprando o apito

Qual a melhor opção para este domingo, à tarde, na telinha da TV? Para quem tem os canais a cabo a escolha é difícil. Tem Botafogo x Corinthians; tem Ponte Preta x Vasco e Atlético Goianiense x Flamengo, que também é o jogo da Globo, mas cá prá nós, a torcida tricolor verá Atlético Mineiro x Grêmio, em Belo Horizonte, para "secar" o Galo, maior perseguidor do Fluminense. Três bons jogos, e o pior que todos às 16h, para o carioca/fluminense assistir na telinha e quem puder dar uma zapeada, no melhor estilo cinco minutos para cada um, poderá ver o sofrimento do Flamengo, contra o lanterna, lá em Goiânia, e acompanhar o duro jogo do Vasco, em Campinas, contra a Ponte. Sobre o clássico Corinthians x Botafogo tudo pode acontecer no Engenhão. Ainda bem que Atlético x Grêmio será às 18:30h e a gente pode ver o bom jogo do Independência, que não tem favorito mas tem cheiro de grande exibição do Ronaldinho, que anda com os gremistas atravessados e está louco para mostrar que ainda

E o Fluminense abre três pontos a mais e espera pelo confronto direto entre Atlético Mineiro e Grêmio, logo mais, no Independência, para saber se mantém os três pontos ou abre mais vantagem sobre o segundo colocado. Ontem, em Volta Redonda, o Fluminense teve dificuldades como Náutico, Cavaliere foi a grande figura tricolor e o árbitro, o ex-Ferj Pablo Santos Alves, errou ao não assinalar uma penalidade máxima, no final do jogo, a favor do time pernambucano, mas a torcida saiu do Raulino Oliveira preocupada com o que vem por aí, nas próximas rodadas. No mesmo horário o Palmeiras venceu com categoria o Figueirense e me deu razão quando digo que Felipão estava sendo "fritado" pelos jogadores e só a turma do amendoim, que frequenta o Parque Antártica até nos treinos, para cobrar de técnico e jogadores, não estava vendo ou viu tarde demais. E o Santos continua sua triste rotina, sem Neymar não vence e Muricy não consegue arrumar o time nem mesmo com todos os titulares, excet

E, seguindo os pitacos sobre o Brasileirão, hoje tem três jogos interessantes e que podem dar um toque mais emocionante na parte de cima e na rabeira da competição. Tem Fluminense x Náutico e Figueirense x Palmeiras, que podem transformar o tricolor carioca em líder absoluto e com larga diferença sobre Atlético Mineiro ou Grêmio, que se enfrentam amanhã, em Belo Horizonte, e pode deixar o Verdão paulista amargando 95% de possibilidade de descer e o Figueira se rivalizando com ele. Bem,nem tudo são flores nos jogos da rodada deste sábado, afinal tem um Santos, sem Neymar, contra uma Portuguesa instável e sem graça, que não corre risco de descer ou de incomodar alguém lá na ponta de cima. E quem disse que não corre risco de descer? O Flamengo, com 27pg e um jogo a menos, está com 15% de possibilidade de queda, a Lusa, com 29pg não corre risco?

Ontem, no encontro semanal do Armazém do Lenílson,não estávamos comemorando o Dia do Radialista, mas o assunto era o rádio campista e a queda bruta da qualidade dos profissionais. Claro que o assunto veio a tona quando o ótimo profissional, Cacau Borges, passou e, com sua simpatia peculiar, deu o seu boa noite e foi para seu trabalho noturno. O Edu perguntou: Adilson, você não escreve mais em O Diário? Não tenho visto você nas páginas. E o Mizura emendou, e deixou também a Absoluta, o Amaro Lírio está só e abandonado com aquela turma. E o amigo Mazinho dizia que até do Blog do Adilson Dutra eu ando sumido. Calma, gente. Eu sumi ontem, os assuntos não me interessaram e creio que os blogueiros que me seguem também já estão com a paciência esgotada de tanto eu dizer por aqui que o nosso futebol está em queda livre e que bom mesmo é o futebol europeu. E pasmem, caros amigos blogueiros, em uma mesa com dez homens, naquela sexta-feira tradicional dos bares da vida, ninguém falou de fut

Ontem estive no Armazém do Lenílson para um dedo de prosa com os amigos da bola, quarta-feira é dia de Mauro Rodrigues, ex-atacante do Guarani, Gama, Santa Cruz e outros times, marcar ponto por ali ao lado de Souza, outro ex-craque e ausente ontem da mesa famosa, e Ualdo, ex-lateral do Goytacaz e Paduano e que hoje trabalha na base do alvianil. É sempre bom ouvir as histórias que os amigos têm para contar e é sempre gostoso aprender com estes ex-jogadores um pouco do que a gente vê, cá de longe, nos jogos envolvendo as grandes potências do futebol brasileiro. Como era dia de jogo da seleção da CBF o papo rolou em torno das convocações erradas, do protecionismo, dos apadrinhamentos e das chances distribuídas para jogadores errados ou sem condições de vestir a camisa que um dia foram vestidas por grandes nomes do nosso futebol. Edmar Soares, o Mazinho, conhece bem o mundo da bola e puxou a primeira discussão, no bom sentido da palavra, da noite: Quem foi melhor, Zico ou Maradona? E