Bronca de um blogueiro preocupado

Ontem, no final da noite, naquele momento em que você quer paz e tranquilidade na sua sala e junto a família, um conhecido meu, perdoe por não citar o nome, não merece, me liga para "passar um sermão", isto, assim ele definiu sua ligação, sobre a minha opção de ser Flamengo e dizer aqui no Blog e na coluna Papo de Bola sobre minha paixão pelo rubro-negro carioca.

- Você não deve dizer o time que torce, por isto não confio no que você escreve sobre os adversários. Vociferou o parceiro, irritado e demonstrando sua paixão pelo Fluminense FC.

Tentei dialogar, mas era impossível tal a veemência do cidadão do outro lado da linha, mas me contive, fiz que entendi o "sermão" e nem mesmo expliquei que ser Flamengo veio antes de ser jornalista, radialista, cronista ou qualquer "ista" da vida. O rapaz falou todas possíveis e o velho escriba aqui só ouviu, educadamente, como deve ser a conversa entre duas pessoas normais.

Quando o moço se cansou e deu uma brecha para eu explicar fui rápido e objetivo na explicação do obvio: Quem gosta de futebol aprendeu a gostar de um time e quem tem personalidade forte e opinião isenta, como acredito ter ambas, não se importa em mostrar a cara ou vestir a camisa.

Pedi para ele apontar meus erros ou meus pitacos desfavoráveis ao seu tricolor e que iria reconhecer ou não minha parcialidade, mas a sua resposta foi surpreendente, digna de ser registrada por aqui, onde quem o reconhecer haverá de zoar o camarada.

- Não sou eu que reclamo, você é parcial nas opiniões sobre o Fluminense ou outro time do Rio, mas quem reclama de você e mandou (ele falou MANDOU mesmo) foi minha mulher, que gosta do Luxemburgo e é apaixonada (ele disse APAIXONADA) pelo Negueba e você esculhamba os dois.

Desliguei, não antes de mandar um abraço para sua esposa apaixonada, sem antes deixar um último recado: Você, companheiro, não deveria estar preocupado comigo e sim com alguém que está a seu lado. Entendeu?

Se ele não entendeu, creio que sim, você irá me dar razão. Quem tem que se preocupar, eu ou ele?

Comentários

  1. Boa, Velho Adilson.

    Sou seu companheiro de "ista", assim como você, radialista, cronista e buscando a formação de jornalista (Fafic, quarto período). Faço questão de atravessar as ruas da cidade vestido com a camisa do Rio Branco e ganhei de Deus duas filhas mais riobranquenses do que eu (Morgana e Lúcia Helena).
    O cronista esportiva é, antes de tudo, um apaixonado por esporte e, por conseqüência, um apaixonado por algum clube de futebol. Nada contra àqueles que optam por não revelar aquilo que seu coração decidiu, mas creio que tem muito mais credibilidade um comentário de um cronista que admite o clube de coração.
    Já tive a oportunidade de fazer ponta (pra quem não sabe, reportagem de rádio com bola rolando acompanhando o ataque de um time e a defesa de outro, posicionado à beira do gramado) numa partida entre Goytacaz e Rio Branco. Num dos tempos de jogo, quando o Alvi-anil atacava para a o gol da Saldanha Marinho, acabou por abrir o marcador e sobrou pra este velho riobranquense acompanhar o querido Josélio Rocha na vibração da torcida do Goyta. Não fiz por menos e não deixei que a vibração do Gordo Bom de Bola descesse um degrau sequer.
    Devo confessar que senti mais prazer quando do gol róseo-negro, minutos depois, no outro lado do campo, tendo o saudoso Gugu Cruz na ponta.
    Mas, ao final do jogo, na saída do estádio, ouvi um comentário infeliz de um amigo riobranquense. “Se o gol fosse do Rio Branco, não teria caprichado tanto”. Não sei se o gol do Goyta doeu mais no coração dele ou no meu. Uma certeza eu tenho: meu compromisso maior enquanto cronista é com aquele que liga o rádio ou compra o jornal e me dispensa alguns minutos de atenção e, por conseqüência, contribui para o pão que chega à minha mesa.
    De folga, visto a camisa (em todos os sentidos), abro as latinhas, choro, grito e até cubro o juiz de “elogios”.

    Antunis Clayton
    riobranquense@hotmail.com

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  2. Valeu, Antunis, o meu desabafo fez coro em alguém que preso, respeito e admiro o suficiente para chamar de amigo.
    Não foi uma "re-bronca" foi apenas um gancho para dizer que nós, que lidamos com futebol, somos movidos a paixão iniciada lá nos primórdios tempos da infância. Por tudo isto o amor floresce.
    Valeu, companheiro e amigo, pelo apoio.

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  3. Adilson, continue escrevendo, quem sabe agora até mais, pois confio na sua imparcialidade e comentários totalmente isentos. O referido cidadão ligou pra pessoa errada. abrs

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