Galo mostrou como se canta em seu terreiro

Não vi Caracas x Fluminense na íntegra, preferi assistir Atlético x São Paulo, no Independência, e acertei na opção, o jogo na Venezuela, que vi apenas os cinco minutos finais de cada tempo, deve ter sido daqueles horríveis, mal apitado e mal jogado e, como eu chamo por aqui, típico desta Libertadores inchada e protecionista. 

O jogo de Belo Horizonte foi daqueles de tirar o folego de atlelicanos e sãopaulinos, o primeiro tempo então foi de levantar os cabelos do torcedor do Galo e preocupar o torcedor do São Paulo, que deve ter visto o que eu vi, ou seja, um time plantado em campo olhando Ronaldinho dar ordens para sua turma.

Os dois gols do Atlético, assistências do R-10, foi daqueles que a gente só vê em peladas, o primeiro então foi hilário e totalmente absurdo, uma bobeira que só em zaga de casados x solteiros você assiste ou participa. 

Eu tuitei, ainda no primeiro tempo, que Ganso deve ter doado seu fígado para um patê foie gras, pois ser reserva de Douglas ou Jadson é porque seu futebol está mesmo uns mil furos abaixo do normal. Luiz Fabiano desfilava seu mau humor e sua veteranice dentro das quatro linhas e Lúcio, ainda cismado a dono do jogo, assistia Ronaldinho jogar.

Reação tardia do tricolor paulista, que até poderia chegar ao injusto empate se não fosse a má fase e a má sorte de Ganso, que chutou com categoria, mas pela linha de fundo, a última bola do jogo. 

Gostei de Marcelo de Lima Henrique apitando à la Europa, principalmente no primeiro tempo, quando deixou o jogo fluir e não marcando faltas bobas, fazendo com que o clima mais viril ganhasse aquilo que os moços da imprensa brasileira cismam em chamar de "jogo de Libertadores".

E por falar em "Isto é Libertadores", outro termo que a tal moçada da imprensa gosta de usar, podemos chamar o jogo de Caracas como "Jogo de Libertadores", um jogo feio, desinteressante e repito, muito mal apitado por um árbitro fraco e desinteressado.