Clássico mais charmoso do planeta bola

Nesta quarta-feira tem Inglaterra x Brasil, no palco mais nobre do futebol do mundo, Wembley, agora renovado e sem aquela elegância e nobreza dos anos dourados. Wembley (foto do antigo estádio), que  meu amigo Célio Silva define como "sem palavras, é um palco iluminado e assustador para quem  chega lá pela primeira vez". 

Considero Inglaterra x Brasil um dos jogos mais charmosos do futebol mundial, clássico nenhum, nem mesmo Brasil x Argentina, tem um toque tão especial como ele, não foi jogado em uma decisão de Copa do Mundo, mas só em lembrar aquele jogo de 1970, no México, onde brilharam os goleiros Felix e Banks, os atacantes Pelé, Tostão e Jairzinho, e os Bobys ingleses, Moore e Chalrton, um zagueiro viril, mas leal, e um gênio do meio campo.

Foi um jogo sem vencedor, aliás quem ganhou naquela mágica partida de futebol foi o torcedor, que pela primeira vez pode ver, em todos os continentes, os jogos de uma Copa do Mundo ao vivo e em cores. Jogão de bola que ficou na memória de quem teve a felicidade de assisti-lo.

Tivemos outros dois jogos entre Inglaterra e Brasil em Copas do Mundo, me recordo, ainda que vagamente, da transmissão da partida na Suécia, um zero a zero teimoso, como diziam os narradores dos anos 50, isto foi em 1958, e uma manchete que não me sai da memória, publicada na capa da Revista do Esporte: "Mc Donalds tira o pão da boca de Mazola e o Brasil empata sem gols com os ingleses na Suécia".  

Esta manchete já traduz o que foi o jogo, a grande figura foi o goleiro inglês e Mazola, no jogo seguinte, deu lugar a Pelé e o resultado todos nós já sabemos de cor e salteado. Tem uma outra partida, no Chile, em que o Brasil venceu por 3x1, sem Pelé, quando Garrincha foi o nome do jogo e driblou até o cachorrinho que adentrou o gramado. 

Nesta quinta-feira tem espetáculo em Londres, mais precisamente no novo Wembley (foto), que pode não ter mais aquela pompa de nobre, mas agora tem a beleza, a modernidade e a juventude de Neymar ou de Rooney, astros que não se comparam a Pelé ou Boby Chalrton, mas são as estrelas atuais de Inglaterra e Brasil e de quem esperamos algo além do razoável ou normal, que aliás é a tônica destas duas atuais seleções de futebol. 

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