TJD mantém a pena e Goytacaz fica fora das finais.

Por volta das 18 horas começou o julgamento do Caso Tallis, que ganhou tanto interesse na mídia que até o maior veículo de midia da internet, globo.com. transmitiu ao vivo e com todos os detalhes do julgamento no plenário Dr Homero das Neves Freitas, no TJD da Ferj, onde o burburinho já se ouvia desde às 17 horas, quando começaram a chegar os personagens da pendenga, incluindo aí dirigentes e torcedores de Goytacaz, América e São João da Barra, as três partes interessadas no resultado final do recurso do alvianil campista.

Um dos primeiros lugares do plenário estava ocupado pelo deputado campista, Geraldo Pudim, o que dava uma conotação política ao evento. Enquanto eram apresentados os auditores e advogados, o Goytacaz FC estava representado pelo advogado José Manoel Brito, o auditor Marcelo Jucá pediu o seu afastamento da votação e foi atendido.

 O primeiro a usar a tribuna, após a abertura do processo por parte do relator Rui Calandrini, foi o advogado do América FC, Mauro Chedid, que se pronunciou a favor da manutenção dos seis pontos retirados do Goytacaz FC e baseou seu argumento nos julgamentos ocorridos anteriormente, que deram vitória aos adversários do alvianil de Campos.

O advogado do time carioca voltou a pedir a penalização com nove pontos para o time campista, alegando que os três pontos da vitória sobre o Angra dos Reis, em que Tallis atuou irregularmente, também deveriam ser retirados pelo tribunal. 

Na sua primeira intervenção o advogado do Goytacaz FC, José Manoel Brito, insistiu na tese de que o zagueiro Tallis só jogou irregularmente contra o Angra dos Reis e pediu que três dos seis pontos, retirados pelo TJD, sejam devolvidos ao clube de Campos. 

E o debate entre os advogados se baseou neste único argumento, um querendo tirar nove pontos e outro pretendendo ter de volta três pontos. E a ansiedade era pelos votos dos auditores e não pelo debate, que já vem se arrastando há mais de um mês nas ruas, nas esquinas e nos bares das cidades envolvidas no caso.

Depois de uma hora de explanações, os advogados usaram a tribuna em duas oportunidades, ambos só usaram a réplica, os auditores começaram a votação e pelo semblante do pessoal do Goytacaz FC a preocupação era evidente. 

André Luiz Valentin, Procurador Geral do TJD, avisa aos auditores que a pena máxima para o Goytacaz se mantém em seis pontos, deixando claro que o pedido insistente do advogado do time rubro, nove pontos, era inviável e inaceitável pelos procuradores.

Só um detalhe, que não é muito do meu feitio, mas vale uma citação: Por que o globoesporte.com abriu aspas diversas vezes para as declarações do advogado do América FC e insistiu na tese de que o Goytacaz estava errado? Bairrismo criticado por mim quando acontece por aqui e não poderia deixar passar em branco neste meu pitaco sobre o julgamento.

O primeiro voto foi de Rui Calandrini, que se mostrou a favor da manutenção da pena. 1x0 América/São João da Barra. Segundo voto, Edilson Gonçalves, acompanha. América/São João da Barra 2x0. E o terceiro, José Jayme, parece que estava em outro planeta e pediu perda de nove pontos, o que faz a derrota ser iminente, 3 votos contra e nenhum a favor do Goytacaz. 

Vagner Lima Gabriel acompanha o relator. Quatro votos a zero e o sonho desmorona. Voltar a segunda divisão só mesmo na próxima temporada. José Teixeira Fernandes também votou a favor da manutenção dos seis pontos retirados no primeiro julgamento. E o Goytacaz volta para Campos com mais uma derrota no TJD. Será que cabe recurso no STJD?

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