O abraço vascaíno para o sessentão Zico


Texto de Ademir Tadeu Gonçalves

ZICO, você não é um ídolo somente dos torcedores do Flamengo, você é um ídolo de todo aquele torcedor, que aprecia o bom futebol dentro de campo e também admira o homem, fora dele.

Apesar de torcer pelo Vasco da Gama você também foi meu ídolo por tudo aquilo que representou para o nosso futebol. Todos os títulos possíveis foram conquistados com a camisa do Flamengo em um período memorável da história do clube, mais precisamente entre os anos de 1978 e 1983.

Você não jogava sozinho, mas sem a sua presença, com toda a certeza, a história seria outra se não tivesse você. Pela Seleção, como um dos integrantes daquele time inesquecível de 1982, encantou o mundo do futebol e mostrou que mesmo perdendo o título, quando se fala daquela Copa, o Brasil é lembrado como um dos grandes times da história.

Na Copa de 86, sem condições físicas e ainda frio por ter entrado pouco tempo antes na partida, assumiu a responsabilidade e cobrou o penal. Você o perdeu, mas se não o tivesse batido e o companheiro também perdesse, ficaria marcado pela omissão de estar em campo e fugir da chamada “responsabilidade” por ser o Zico.

Como Zizinho, Leônidas da Silva e outros tantos craques do futebol mundial, não é porque deixaram de conquistar um título de expressão a nível mundial pela Seleção de seu país, que deixarão de ser reverenciados como grandes gênios do mundo da bola.

A sua felicidade é grande pelos sessenta anos bem vividos ao lado da família e dos amigos, mas o futebol que hoje se pratica, principalmente aqui Brasil, deve deixar você, Galinho, muito triste, com vergonha e com muita vontade de entrar em campo e mostrar que o futebol é simples e objetivo para quem sabe, e muito difícil para aqueles que se acham craques e são apenas jogadores comuns, que no seu tempo de jogador muitos deles certamente não teriam espaço.

O seu comportamento fora de campo, em todos os sentidos, mas principalmente no respeito aos adversários,  deveria ser o exemplo e o caminho a ser seguido por um jogador, que se diz atleta de futebol, pois você não foi apenas um gênio dentro de campo, foi também um grande atleta fora dele, passando por muitas dificuldades físicas e superando-as com muito sacrifício e amor ao futebol. PARABÉNS GALINHO DE QUINTINO!

Comentários

  1. TADEU, receba meus cumprimentos pelo belo texto. Maravilha! / Abrs.

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  2. Grande vascaíno!!! Parabéns pelo texto!

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  3. Em 1979 tinhamos jogos da seleção tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. E o bairrismo corria solto e era tempo de Paulo Cesar Caju e dos jogadores cariocas serem vaiados em São Paulo.
    Mas coube a Zico mudar o bairrismo exacerbado. A seleção do Brasil com Zico em campo num jogo em Montevidéo teve 2 jogadores expulsos e estava com o placar desfavorável. E o Galinho de Quintino pegou e a responsabilidade para si e lutou como um leão. Resultado? O Brasil virou o jogo com 2 a menos.
    A partir deste jogo Zico passou a ser respeitado e muito em São Paulo.
    Parabéns pelo texto completo, Ademir Tadeu.

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  4. Apenas dei um exemplo, entre muitos, do Zico.

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