MINHA HOMENAGEM AO GOLEIRO

Hoje, 26 de abril, é “Dia do Goleiro” e quando o assunto é o camisa 1 eu volto as minhas origens e me vejo novamente envergando as camisas pesadas de arqueiro de futebol de salão, isto mesmo, nos meus tempos de gool keeper o esporte da bola pesada ainda não era futsal.

Tenho grandes ídolos goleiros, o primeiro deles foi Marcial, um mineiro que começou no Atlético e fez sucesso com a camisa do Flamengo no início dos anos 60, mas que foi um fracasso no Corinthians.

Vibrava quando via Gilmar vestindo a camisa gloriosa do Santos, fui admirador de Andrada, com quem convivi em São Januário, mas Bizuca, Geneci, Mansur, Rubinho Camelo, Zil, Zé Geraldo e Zulu, goleiros do meu tempo de bola, são meus amigos e por isto meus verdadeiros ídolos.

Manga, do Botafogo, foi o vilão de meus sonhos, contra o Flamengo o pernambucano já pedia “bicho” antecipado e os dirigentes pagavam, pois sabiam que a vitória era certa. Vi grandes goleiros, mas os frangueiros também tiveram vez nestes longos anos de bola.

Toti, um barbeiro miracemense que um dia cismou em ser goleiro, é o mais famoso lá da terrinha, e no Flamengo eu tinha o meu indesejado, Fernando, nos anos 60, que quando entrava em campo a turma já sabia o que vinha pela frente. Mas, coitado do Fernando, ele foi goleiro do rubro-negro justamente no período em que o Botafogo tinha aquele timaço e éramos fregueses de caderninho.

Agora os arqueiros vivem um novo tempo e a escola ganhou novos componentes e os treinamentos foram modernizados, existe até um técnico especializado, entre estes meu amigo Jorge Luiz Azevedo, o Cebolinha, treinador oficial de Tite, o técnico do Corinthians, que confia no trabalho do ex-goleiro do Goytacaz e Americano.

Gato Felix, hoje vivendo em Itaperuna, Geraldo, de Bom Jesus do Itabapoana, são os dois goleiros que encontrei por aqui quando cheguei e, ao lado de Cebolinha, marcaram os anos 80 na cidade de Campos. No Brasil não há apenas um ou dois, como nos anos 50, 60, 70 e até 80, são vários os grandes nomes que vestem a camisa 1 e não dá nem mesmo prá destacar um deles.

Veja só: Felipe, Jéferson, Prass e Berna, no Rio, Ceni, Júlio César ou Marcos e Deola, em São Paulo, Victor, em Porto Alegre, e Fábio, em Belo Horizonte, são apenas exemplos de tantos goleiros extraordinários que temos por aqui.

Esta semana temos as semifinais da Uefa Champions League, na Europa, e os quatro semifinalistas estão quatro espetaculares goleiros. Casillas, do Real Madrid, Valdez, do Barcelona, Van Der Sar, do Manchester United e Nauer, do Schalke, cotado para substituir o veterano Van Der Sar no time inglês.

É ou não é um novo tempo para estes moços que escolheram jogar em lugar que, segundo a lenda, nem a grama se interessa em crescer?

Comentários

  1. Meu caro Adílson, você poderia ter falado da gracinha do Felipe, goleiro do Flamengo. Gracinha no sentido que cada um quiser entender. Entende? abrss

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  2. Prezado Adilson,
    meu eterno ídolo de goleiro já não existe mais, pois era um desenhado em pastilhas na entrada do campo do Americano. Até hoje discuto com amigos de infancia se ele conseguiria aquela defesa ou não. Será que alguém tem fotos daquele painel? Abç, Jayme

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