Opinião: Imediatismo ou amadorismo de dirigentes brasileiros?

Queria comentar ontem, quando aconteceu a demissão de Eduardo Batista, mas os incidentes do jogo de sábado, em São Januário, ainda estavam vivos em minha mente e qualquer coisa que escrevesse seria pensando no vandalismo da torcida e nos comentários, idiotas, de Dom Eurico. Assim preferi esfriar a cabeça, analisar os dirigentes brasileiros e comentar com mais propriedade as demissões que acontecem neste futebol brasileiro. 

Olho para nós, não cronistas e sim torcedores, e vejo que os dirigentes pensam igual. Quantas vezes me vi nas redes sociais pedindo a cabeça de Zé Ricardo? Quantas vezes me aborreci com o meu time e, se dirigente fosse, teria demitido treinadores e rescindido contratos de diversos jogadores que não me agradam. 

Mas eu, nas redes sociais, sou torcedor fanático e aqui, no meu blog, sou analista e como tal comento a realidade sem paixão ou movido por um impulso, aqui é preciso profissionalismo e isto, felizmente, não me falta após 40 anos ou mais de profissão. E seu eu falasse como dirigente o que aconteceria? Tudo o que está acontecendo agora? Talvez não, pois seria um dirigente remunerado e pago para pensar, como muitos que estão ganhando fortunas por aí, e estes sim deveriam ser menos apaixonado e menos apressados em suas decisões. 

Vejam o caso do São Paulo FC, que vendeu 70 por cento da turma de nível técnico considerado bom, estropiou o time e quando os resultados não vieram demitiram Rogério Ceni. Veja o caso do Atlético Paranaense, que contratou medalhões e ex-jogadores, que não transformaram em resultados suas performances em campo, que deveria ser de boa a ótima, e a culpa caiu justamente naquele que em dois meses não trouxe o resultado esperado, não lhe deram sequer a chance de arrumar a casa e trazem um treinador, que estava em Portugal, para ser imediatista e com os números favoráveis. 

E quem será o próximo? Milton Mendes? Dorival Jr, que chega agora e não tem elenco nem assistentes? Roger Machado, que não conseguiu fazer o time do Atlético Mineiro render o que a torcida espera? Ou será Zé Ricardo novamente o bola da vez se perder duas seguidas? 

Aguardemos o desenrolar deste enredo. 

Comentários

  1. Ontem em Bem Amigos do Galvão Bueno, ouvi uma declaração do Murici Ramalho que me chamou a atenção, disse ele que quando aceitou o convite do Flamengo para ser o treinador no time profissional, foi porque viu profissionalismo e competência em todos os funcionários e dirigentes do atual Flamengo, disse mais ainda, que o Flamengo irá ganhar muitos títulos nos próximos anos, pois não tem como não dar certo o trabalho desenvolvido pelo atual grupo que administra o rubro negro. Acrescento, além de tudo não faltará dinheiro.
    Fico feliz com essa declaração do Murici, competente treinador, pois vem confirmar o que sempre escrevi aqui no blog do nosso Adilson Dutra.
    Quanto a violência nos estádios brasileiros, não apenas em São Januário, nada mudou, pois os responsáveis por estes eventos no Brasil não sabem o que fazer. A coisa é muito mais complicada, ninguém apresenta uma boa proposta para ir ao cerne da questão, tanto faz ser Ministério Público, quanto Polícias, Clubes, CBF, Federações etc, nenhuma proposta razoável, e já se passaram muitos anos, porém, nada resolvido ainda.
    A violência no futebol brasileiro não é causada pelo futebol, o problema maior está na sociedade brasileira e na atual conjuntura nacional, este é o meu pensamento.

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  2. É a impunidade que nove está estupidez na rua e na arquibancada.

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