Primeiro vexame do ano


Ver o Flamengo, em Potosi, era algo que a gente pensava ser complicado devido a altitude e os problemas de adaptação. Mas cá prá nós, bem baixinho, que o Luxemburgo não nos ouça, entrar com  quatro volantes, um meia e um meia/atacante, contra um medíocre time, que tem na altura o seu principal aliado, é coisa de treinador covarde ou sem opções no elenco.


Fico com as duas opções. O primeiro tempo do Flamengo foi aquilo que o torcedor pede para ser riscado do mapa. O time rubro-negro errou tudo o que tentou e de bom, na etapa inicial, só a jogada de Léo Moura, que serviu Luiz Antonio com aquele algo mais. 


O Real Potosi é fraco e tem um time que joga de acordo com o adversário e sua arma, até a turma do Operário, lá de Miracema, sabe como joga. Os bolivianos usam os chutes ou cruzamentos de longa distancia para surpreender os goleiros e os zagueiros visitantes, e, mais uma vez, cá prá nós, será que Luxemburgo e seus asseclas não sabiam disto?


Nunca joguei na altitude, mas já visitei países altos e sofri na Cordilheira dos Andes o que estes profissionais da bola reclamam quando atuam por lá. Não sei o que os preparadores físicos alegam neste momento confuso, mas é preciso dizer para o torcedor quantos dias são necessários para adaptação pois o Flamengo chegou dez dias antes, trabalhou bastante e nos primeiros quarenta e cinco minutos não deixou a impressão de estar completamente adaptado. 


Ah! O time é que não conseguiu jogar, dizia o meu genro Adalberto Magno durante a etapa inicial, se fosse em Bangu, onde o calor é insuportável, a situação seria a mesma e não há justificativa nos erros de passes em pouco mais de um metro, completa ele, que aprendeu a gostarde futebol e tem no Barcelona o seu referencial.


Enquanto a Globo sofria com os problemas da transmissão direta da Bolívia o departamento de jornalismo da emissora pretendia entrar com as informações diretas do centro do Rio, onde um desabamento provocou mortes e pânico na região, mas bastou um corte para o local para que a audiência caísse e, com ordens internas, resolveram deixar para mostrar o desastre no intervalo. 


Mas desastre mesmo foi o primeiro tempo do Flamengo. Sofrível é pouco para o time de Luxemburgo, que entrou para enfrentar o Real Potosi com quatro volantes, um e um atacante que sai da área para receber a bola e nunca está presente nos cruzamentos.


E no segundo tempo, quanto o time da casa virou o jogo e deixou o Flamengo em situação complicada na Libertadores, veio a pergunta final e que encerra o meu comentário sobre o primeiro vexame rubro-negro de 2012: Caíram dois prédios no centro do Rio e quando é que cairá o técnico lá na Gávea?

Comentários

  1. Não passaram o jogo para São Paulo, o que é uma pena.
    Todo inicío de ano é assim, regionalizado.
    abs
    ET: li que pagaram 22 milhões pelo Wagner Love. Nem de longe vale isso. E como vão pagar as parcelas semestrais? E vão empurrando com a barriga.

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  2. Bem, há muito tenho emitido aqui a seguinte opinião : - o futebol brasileiro não é o mesmo faz tempo e bota tempo nisso, aliás, os cronistas esportivos europeus andam dizendo que não existe mais o estilo brasileiro de jogar futebol, parece pura verdade.
    Agora mesmo, ao final da COPINHA, vencida pelo CORINTHIANS PAPA TÍTULOS, não vimos nenhum promissor jogador na chamada categoria fora-de-série. Que coisa!
    Finalmente os europeus conseguiram com muito dinheiro e tempo acabar com o "ESTILO BRASILEIRO DE JOGAR FUTEBOL", somos eles ontem. / Abrs.

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  3. Verdade, Gilberto, é muito pouco Love para muitos euros, e sobre o jogo, você não perdeu nada, coisa prá ser riscada da memória.
    Categoria, sábado vamos botar a conversa em dia e falar da Copinha e este negócio de final de ciclo do nosso futebol, com o que concordo plenamente, ufa!!, contigo.

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  4. Calma, rubro-negros, com a chegada do Love e a permanência do Ronaldinho, tudo ficará às mil maravilhas;;;Como pagar a grana aos russos?Hahaha, e quem se preocupa com isso?

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  5. Estamos passando por uma crise sem fim de corrupção na esfera pública; estamos passando por uma crise técnica no futebol que com 45 anos de idade ainda não havia presenciado; estamos assistindo com a organização para a Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, sendo a gestão olímpica com os mesmos mandatários do Pan, a mesma promessa de um "legado" para o esporte e a sociedade. Aí eu pergunto: Onde está o legado do Pan? Na contramão de tudo isso os times brasileiros, cheios de dívidas com seus jogadores e também fiscais, fazendo contratações absurdas que até ontem eram inimagináveis para o setor. Resumindo: o jogador brasileiro está perdendo mercado, mais precisamente na Europa, e como bem definiu o amigo Categoria "somos eles ontem". Apesar de termos vencido a Copa de 2002, bato na tecla que a última década romântica do nosso futebol foi a de 1980. A partir dos anos 90 começou o declínio do nosso futebol, com o surgimento cada vez menor de valores individuais, muito diferente de décadas passadas. abrs

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