Sócrates, o craque que tem Brasileiro no nome

Foto de Renato Peters/globo.com
Estou lendo as notícias sobre o estado de saúde do ex-craque Sócrates, um dos líderes do movimento "Democracia Corintiana" e volto a lembrança a 1985, em São Paulo, quando o conheci, no Hilton Hotel SP, concentrado para o jogo contra a Bolívia, pelas Eliminatórias da Copa do México/86. Um baita cara.

Simpático, solícito quando é chamado para uma entrevista, mesmo sendo eu um repórter de interior, e um papo espetacular. Era uma segunda-feira, o jogo foi na quarta, no Morumbi, e enquanto José Maria de Aquino trabalhava pelos bastidores do hotel e e o assessor de imprensa da CBF, Robério Pereira, o Gata Mansa, circulávamos pelo saguão do Hilton a procura de uma entrevista e de alguém para uma conversa de botequim.

Nas andanças encontramos o zagueiro Mozzer, que dois anos antes esteve lá na terrinha com a seleção carioca de juniores, e o papo fluiu na boa. Estávamos sentados no balcão do bar, gravando a entrevista com o zagueiro do Flamengo, quando Sócrates chegou, pediu uma cerveja e fez o convite para que o acompanhasse. Nem precisou do segundo convite e os copos chegavam ao balcão, Mozzer despistou e pediu um suco de qualquer coisa, não me lembro, mas nós três, eu, o craque e o jornalista oficial da CBF, degustamos várias cervejas e levamos um bom papo durante horas naquele lugar destinado as personalidades famosas deste país.

Hoje, ao saber do grave estado de saúde do ex-atacante, vejo como a vida é curta e sinto que aproveita-la com todo gás é o que devemos fazer enquanto podemos. A esposa de Sócrates, Kátia, conta aos veículos de imprensa brasileiros que ele sofre muito com tudo o que está acontecendo e parece que a situação no momento é muito mais complicada do que na primeira internação, dez dias atrás.

UM POUCO DE SÓCRATES - Paraense de Belém, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira tem 57 anos (19/02/1954) e começou a carreira no Botafogo de Ribeirão Preto, em 1974. Após grande destaque no Paulista de 1977, quando a equipe sagrou-se campeã do primeiro turno do estadual, o então atacante ganhou projeção nacional e, depois do Brasileiro daquele ano, foi contratado pelo Corinthians, onde virou ídolo. Atuou no Timão até 1983, sendo personagem principal da chamada Democracia Corintiana, que dava liberdade aos atletas em troca de desempenho nos gramados.

A política deu resultado, culminados com o bicampeonato paulista de 1982/83 (já conquistara o estadual em 1979). Deixou o Corinthians em 1984, quando se transferiu para o Fiorentina, da Itália. Entre 1985 e 1987 defendeu o Flamengo, encerrando profissionalmente sua carreira após uma rápida passagem pelo Santos em 1989. Pela Seleção Brasileira, atuou nas Copas de 1982 e 1986. É irmão do também ex-jogador Raí (astro do São Paulo do fim dos anos 1980 e início dos 90 e campeão mundial com a Seleção em 1994).

Comentários

  1. Acrescentando as suas informações informo alguns números do Doutor dentro de campo: Botafogo-SP – 249 jogos e 99 gols; Corinthians – 298 jogos e 172 gols; Fiorentina/Itália – 34 jogos e 9 gols; Flamengo – 20 jogos e 5 gols; Seleção Brasileira - 63 jogos e 24 gols. O seu primeiro jogo pela Seleção foi contra o Paraguai, em 17 de maio de 1979, na vitória por 6 a 0. A sua última partida foi na Copa de 86, em 21 de junho, no empate contra a França no tempo normal e a derrota nos pênaltis.

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  2. E quantos copos de cerveja, meu caro Tadeu? Na quinta estaremos chegando por aí, te ligo assim que chegar.

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  3. Os copos de cerveja foram excluídos dos dados estatísticos. abrs

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