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O choro de Ermenegildo

Quarta-feira, véspera de Natal, encontro meu amigo Ermenegildo Sollon sentado à beira da calçada, em frente a Prefeitura de Miracema, com um ar de quem está amargurado e pensando em um passado bem distante. Ao me ver, surpreso por eu pega-lo naquele estado deplorável, o velho jornalista desabou a chorar e com um voz embargada pela emoção, soluçando sem parar, foi soltando do peito o que lhe afligia naquele momento.  - Dutra, cadê o Bar do Vicente? Cadê a Padaria do Garibalde? A Farmácia do velho Scilio? Onde estão os herdeiros do Tetinho, do Neném Braga, do João Ramos, do Amaro Leitão, do José Barros, dos Coimbra? Onde está o Salão da Darquinha e a turma do Manoel Reinaldo? Fiquei assim um pouco surpreso com a reação do veterano parceiro e tentei emendar uma resposta, talvez amenizando a situação, explicando que não há mais ninguém destes citados no nosso reduto, que eu chamo de Triangulo das Bermudas, mas foi em vão, a lamentação continua. Ainda bem que os herdeiros da Magali

As músicas de Natal

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Cresci ouvindo, nos alto-falantes da Igreja Matriz de Santo Antônio, as músicas natalinas, que por sinal ainda são as mesmas daquela longínqua década de 50, quando comecei a dar os primeiros passos a aprender as primeiras letras. “Noite Feliz... Noite Feliz... Ó Senhor, Deus do amor... “ quem esquece? Trocam os intérpretes, gente famosa, cantores desconhecidos ou simples rapazes ou moças das igrejas a cantar, anualmente, uma das mais tocadas neste período de natividade. Certa vez eu perguntei a mana Eliane o porque que a Zezé Parreira não viria para ficar comigo na igreja. - Por que você pergunta isto? Indagou a mana mais velha. Simples, respondi, segundo a narração de minha mãe antes de ir para o Oriente Eterno.  “Hoje a noite é bela, vamos eu e ela (no caso aqui a hoje Zeza Parreira) vamos a capela felizes a rezar”. Tem sentido ou não este pensamento de criança? Claro, eu sempre estava junto com a Zeza e na hora de ir a igreja queria ir com ela do jeito que a musiquinha ensin

Promessas de Natal

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Chegou o Natal e com ele as promessas de final de ano, não dos políticos, mas dos amigos, dos familiares, dos conhecidos e dos companheiros da confraria do Armazém do Lenílson. Promessa de um ano mais ativo, com mais tempo para a família, com redução da cota de cerveja ou promessa para deixar o cigarro. Promessa que não serão pagas este ano assim como não foram pagas em outras temporadas. Promessa de não torcer sofregamente por seu time, que não merece tanto sofrimento em vão, promessa de não comprar aquela camisa da temporada 2014, vendida a preço abusivo e não ficar tentado em seguir pelo Brasil para ver os jogos da Copa, o dinheiro é curto e as dívidas irão ficar bem altas. Eu prometo que vou orar por você, que vou participar de sua corrente de fé e de esperança, mas tens que me prometer que irá fazer a sua parte e, pelo menos, tirar alguns minutos no Dia de Natal, para orar por ELE e pedir a benção para que tenha saúde para pagar suas promessas.  Não sei se será o último

A chuva me preocupa

Como havia dito não vi a decisão do Mundial de Clubes da Fifa, será que deixei de ver um jogo interessante? Será que o Bayern encontrou um adversário de nível? Acredito que não tenha perdido nada, mas se perdi algo de bom não vou me arrepender, o programa escolhido foi bom e uma tarde livre, de sábado chuvoso, ao lado da família foi bem interessante. E por falar em chuva estou ficando preocupado com as causas e efeitos destes quase sessenta dias de chuva intermitente e imparável. Os rios já não comportam tanta água e a terra, encharcada, já dá sinais de esgotamento e começa a deslizar a procura de acomodação. Tenho medo das enchentes e me preocupo muito com os amigos do Noroeste Fluminense, principalmente os familiares em Laje do Muriaé e Itaperuna, que estão sempre em pânico e em estado de alerta. O domingo, pra variar, amanheceu "chorando" e a chuva, hoje fina e discreta, não dá tréguas e até para ver um bom filme na telinha fica difícil, a operadora de tevê não dá um s

Decisão, bom filme e basquete como opção

Ih!! Hoje tem decisão do Mundial de Clubes lá no Marrocos, você vai assistir ou prefere visitar um shopping, um boteco ou sair com a família para aproveitar o sábado nublado e de temperatura mediana? Prometi a Marina que iria com ela às compras, falta ainda comprar aquele presente do "amigo oculto", escolher o cardápio de amanhã, domingo, quando nos reuniremos para a troca de presentes aqui no meu apartamento, e ver Bayern x Raja não está nos meus planos. Tá bom, eu já falei isto em outra postagem, mas é que o ranço de falar de futebol ainda não está desligado e ver bola rolando, na telinha da tevê, ainda é meu maior vício, mas em pouco tempo o tal de Tablet vai tirar de letra e ultrapassará a mania de ver futebol com certeza.  Hoje, no Facebook, eu vi uma crítica inteligente sobre a novela global, Amor a Vida, dizendo que se aquilo for amar a vida o que será o Ódio a Vida? Santa Bárbara, que novela é esta que ensina tudo de errado e faz da família uma bagunça generaliz

Um desabafo

A cada dia que passa os absurdos do futebol me afastam da torcida, me deixam incrédulo quanto a veracidade do jogo jogado aqui no planeta bola e, acreditem, os mais de cinquenta anos dedicado ao futebol foram jogados em um canto e deixado de lado até que eu volte a crer no que é feito na CBF e nos clubes nossos de cada dia. Não é desculpa de rebaixado ou de um perdedor, muito pelo contrário, o time pelo qual torcia ardentemente e hoje sou apenas um fã simples e sem compromisso, conquistou um título importante e vai permanecer, embora os dirigentes façam de tudo para que aconteça o contrário, na primeira divisão do Brasil. Ameacei abandonar a crônica assim que as "lambanças" do final de temporada vieram a tona, prometi que iria fazer tal qual fiz com minha participação nos jornais campistas, largar tudo após aos funestos casos ocorridos por aqui com os três gigantes da cidade, mas a paixão pelas letrinhas e pelo convívio com os amigos seguidores falou mais alto e fico, pel

Galo perde a chance de zoar a Raposa

Estou me sentindo um peixe fora d'água sem entrar por aqui para comentar e dar meus pitacos sobre o mundo da bola. Ontem, antes do jogo do Galo, lá em Marrakesch, até pensei em dizer que temia pelo time mineiro, mas relutei em escrever algo porque poderiam pensar que estava sendo o "do contra", mas nada disto, vi temor em Cuca, como sempre, preocupação de Jô e Diego Tardelli, e muita euforia da torcida mineira e isto não me cheirava bem. Vi o primeiro tempo em casa, fazendo meu exercício diário, e na etapa final dei um pulo até ao Armazém do Lenílson para ter uma companhia diferente na hora de ver a partida entre Raja e Atlético Mineiro, que aliás foi uma pelada real no primeiro tempo e as perspectivas de melhoras eram poucas, principalmente do Galo Mineiro, totalmente aberto e perdido dentro de campo. Se gostei da derrota dos mineiros? Não. Confesso que gostaria de ver o Atlético na final, contra o Bayern, porque sem ele eu não perderei meu tempo assistindo a decisão