Papo de Domingo - Vasco e Flu se livram e botam o Sport de volta a Série B

Em um dia como este, jogos interessantes por todos os lados, é que Marina me chama de "louco", são dois celulares ligados no Premiere FC, a televisão da sala ligada em Fluminense x América e o tablete me mostrando o jogo do Sport, no Recife, contra o Santos. 

Claro que não presto atenção em nenhum, não sou o louco que pensam, mas o sinalzinho do celular, no aplicativo "Resultados" me avisa quando sai gol e boto o olho atento no jogo em que sai o gol e no momento exato. 

Vi por exemplo, no momento certo, como Luan, do América, perdeu a penalidade máxima, perdeu sim, bateu com displicência e com o nervosismo de quem não estava apto para a cobrança, principalmente em um time que tem um excelente cobrador, Rafael Moura, que só olhou o companheiro jogar para Júlio César defender. 

Vi um Vasco aplicado e com vontade, mas vi também Max Lopes completamente sem condições de jogo e se arrastando em campo com dignidade de um grande profissional, vi o gol da Chapecoense, contra o São Paulo, que colocou mais fogo na fogueira do rebaixamento e fazia com que Vasco ficasse de olho no jogo do Rio e no de Recife para ver se não sobrava para ele. 

Meu vizinho vascaíno não soltava uma palavra sequer e, pelo visto, o coração do rapaz batia mais forte quando o Ceará atacava e o pessoal da sua casa fazia um huuuuuuu alongado e nervoso. Muito bom você ficar apenas observando e bisbilhotando nos celulares, escrevendo no computador e com um olho aberto esperando os lances na telona, onde o Fluminense jogava o jogo do ano contra o Coelho e sua torcida também estava aflita. 

Vi o gol do Sport, contra o Santos, que deixou em pânico o torcedor vascaíno. Sport chegava aos mesmos 42 pontos que o time cruzmaltino e faltavam pouco mais de cinco minutos para o fim do jogo e o temor de mais um rebaixamento chegou até ao campo e os jogadores se entreolhavam e parecia que o caos seria instalado. 

Vi que o Paraná buscou uma vitória, contra o Inter, a qualquer mas ficou no empate, vi, muito pouco, apenas alguns lances, a vitória do campeão, Palmeiras, sobre o rebaixado Vitória, e, como diria o poeta, sabe o que isto valeu? Nada. 

Vi os últimos minutos do jogo no Castelão, Ceará x Vasco, abandonando todos os outros porque já não acreditava na virada do América Mineiro e esperava pelo menos que o Vasco não me decepcionasse e entregasse a rapadura no final do jogo. Jogadores extenuados e buscando as últimas forças para não sofrer o vexame de um quarto rebaixamento. 

Vi Rafael Klaus, o árbitro, acrescentar três minutos ao tempo normal e vi a festa que a torcida, aqui na Rua Gonçalves Dias, já começava a fazer, meio tímida, mas com muito amor e carinho pelo Gigante da Colina, que com o empate ficava com a permanência na Série A garantida e o mundo não desabou mesmo Hernane fazendo 2x0 sobre o Santos e garantindo a vitória mas não escapando do rebaixamento. 

E no apito final a festa começou e o hino do CR Vasco da Gama soou alto e em bom tom aqui na Formosa e Bicudo, que havia previsto a queda do campeão da Série B 1987, ficou feliz e desfilou no meio dos torcedores vascaínos gritando Casaca enquanto os fogos pipocavam na Formsa e na Gonçalves Dias. 

E o futebol do Rio foi salvo pelo futebol nordestino, que terá dois rebaixados enquanto Minas terá um e o Paraná o outro. Salvou-se também a Chape, com a vitória sobre o São Paulo, que vai jogar a pré-Libertadores. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Fla quebra rotina

Carioca 2023 -

Eis a minha seleção