Ferj exclui Americano e o Espírito Santo é logo ali

A exatos vinte e cinco anos eu disse, em minha coluna na Folha da Manhã, que era hora do interior pedir exclusão da Ferj e criar a sua própria liga de futebol e promover seus campeonatos independentes com urgência, o cabresto imposto pela Ferj, naquela época ainda comandada pelo campista Eduardo Augusto Viana da Silva, era muito forte e os clubes não tinham independência ou voz ativa nos bastidores. 

Em 2002 voltei ao assunto, quando a Ferj "tomou", na mão grande, o título conquistado em campo do Americano FC, o torcedor se lembra que o alvinegro venceu os dois turnos e a mesa foi virada na reta final quando criaram um quadrangular para beneficiar o Fluminense, único grande que tinha alguma possibilidade de conquista do título e, afinal, era o ano de seu centenário. 

Tenho ainda guardado todas os escritos sobre um possível campeonato do interior, dividido em seis chaves, Serrana, Sul, Lagos, Metropolitana, Noroeste e Norte e o então presidente me chamou de louco e eu respondi que era um louco visionário e que o futuro do nosso futebol era a degola total e o abandono geral por parte da entidade por ele comandada. 

Chegamos até pensar em uma possível filiação, por parte do perseguido Goytacaz FC, na Federação Capixaba e o ex-presidente do clube alvianil, Armando Zanata, era um dos que pensavam comigo nesta hipótese, recusada pelo Conselho do Clube e aí então eu vi que era impossível o futebol interiorano sobreviver e, neste mesmo ano, o Goytacaz FC não conquistou o acesso por outra virada de mesa. Lembram? 

E hoje chegou o golpe mortal, o Americano FC foi excluído do Campeonato Estadual da Segunda Divisão por uma possível manipulação de resultado, usou os reservas para se poupar para a decisão no Triangular Final, regulamento permitia uma derrota por ele, Americano, ter a melhor campanha. 

Porém, tem sempre um porém, o interesse financeiro ou pessoal foi maior do que o interesse esportivo e o clube campista viu todos os seus pontos conquistados serem retirados e o Itaboraí, um time time de empresrios e debutante ganha o direito de jogar o triangular e, com toda certeza, vai ser promovido a Primeira Divisão por uma canetada do tribunal com apoio da entidade que manda no futebol do Estado do Rio de Janeiro. 

Não seria a hora de uma virada de mesa dos clubes de Campos? O Espírito Santo é logo ali e nestas horas é preciso coragem para definir um futuro mais claro do que este que se apresenta para eles. 

Comentários

  1. Adilson, perfeito! Muito bem pontuado. Parabéns!

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  2. Adilson, após anos em comentar no seu blog, embora sempre atento as suas colocações, tenho que te parabenizar pela brilhante ponderação.
    Att, Hélio A. Crespo Neto

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  3. Adilson, boa noite

    Para fins de esclarecimento dos leitores do blog, com base em que você diz que essa exclusão do Americano tem relação com interesses pessoais e ou financeiros ?

    Pelo que acompanhei desse caso no TJD no Rio de Janeiro o Americano ganhou, a decisão contrária foi no recurso interposto pelo Itaboraí junto ao STJD que fica em São Paulo.

    Existe uma gravação juntada no processo com áudio do presidente do Americano tratando desse assunto que foi fundamental nessa decisão.

    Por fim, convenhamos, o Americano nunca foi reconhecido pelos seus méritos esportivos, mas sim por ser o time do Caixa D'água e isso deve dizer alguma coisa.

    Sobrenatural de Almeida

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  4. Procure ler sobre o caso. O áudio não é do presidente. É não posso escrever o que sei. Quando me encontrar por aí me pergunte que eu respondo.
    Eu assino meus textos e...

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