Papo de Bola - Futebol de baixo nivel? Tô fora

Ontem, lá pelas sete da noite, liguei para meu filho e perguntei: "Que faremos à noite, vamos ao Armazém ou tem outro programa? E ele, em plena sexta-feira de verão escaldante, me diz: - Vou ficar em casa e ver São Paulo x Vasco na televisão. 

Será que eu entendi direito, um jovem, cheio de disposição, preferir ficar em casa, em uma noite de sexta-feira, de verão, para ver um amistoso deste naipe? Quando reclamei com Marina, minha esposa, ela me disse: - Você era igualzinho, só que ficava grudado no rádio e não largava nem quando a gente ia para um bar ou restaurante, não pode reclamar. 

Então fiquei em casa também, sem cerveja, sem tira gosto, sem nada que desse um clima de jogão de bola na minha sala, em certos momentos deixei até Marina dar uma olhadinha na sua novela, o jogo dos garotos Sub 20, no Sul Americano da categoria, me torrava a paciência de tão ruim que estava e abri mão do direito de ver tevê na sala para ficar ao lado da esposa. 

Ela se espantou: - Vei me deixar ver a novela? - Sim, vou deixar e ficar aqui no notebook jogando um buraco, ouvindo o jogo pelo Sportv play, que me é oferecido no meu computador portátil, e se acontecer um gol e viro aí, tá legal?

E não virei, nem os gols do Brasil, que venceu por 2x1 a Colômbia garantindo vaga no hexagonal decisivo, me deu motivação para assistir a tal pelada lá em Maldonado. E depois teria o jogo esperado pelo Leandro, São Paulo x Vasco ou Vasco x São Paulo, como queiram, em Manaus, pelo torneio amistoso Super Séries, que a Globo está chamando de Torneio de Verão, e a qualidade do espetáculo oferecido era tão ruim ou pior do que o jogo dos garotos.
E aí desandou a maionese, preferi assistir a um bom filme, no canal HBO, e deixei de lado o tal jogo tão aguardado pelo meu filho. Como perdi o sono e não conseguia dormir de jeito algum e não sabia o resultado da partida, liguei o celular e fiquei conversando com alguns amigos na madrugada, como tem gente com insônia neste meu círculo de amizade da rede social, e aí fiquei sabendo que o São Paulo venceu e o Vasco, mesmo jogando bem melhor do que na quarta-feira, não foi capaz de chegar a um empate.

Ah! Hoje, no globo.com, dizem que o segundo gol do São Paulo foi irregular e aí eu penso: O Eurico chegou para botar ordem na casa e impedir que seu time seja "garfado"? E não é que o torcedor do Vasco, repetindo seu líder, já reclamou duas vezes do apitador em dois jogos disputados na nova administração? Prenúncio que no Carioca será a mesma cantiga? É, pode ser.

E tem um detalhe, se no Carioca o nível for este que estou vendo agora, dificilmente ficarei em frente a tevê para ver as peladas clássicas do Estado do Rio. Estou ficando enjoado de baixo nível. 

Comentários

  1. Qual seria a possibilidade de transmitirem apenas um jogo por semana? Um mesmo, apenas um e de preferencia em preto e branco. Nem sempre a quantidade de oferta representa melhora do produto. No caso do nosso esporte a quantidade de jogos oferecidos nas TVs são na maioria de péssima qualidade, falando sério, aponte um campeonato no mundo que temos qualidade nos jogos. Pinta um joguinho aqui outro lá, noutro dia um jogão mas sem deixar saudade. Saudade é o que sinto dos sábados à tarde pra ver na Tv um jogão do Santos ou do S.Paulo ou da Lusa ou "Parmeira" e até mesmo do "Curintia" de Rivelino e Dino Sani.

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  2. Se tivesse jeito, só assinaria jogos do Flamengo. Nem a seleção me motiva mais. E nada tem a ver com 7 x 1.

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  3. Yussef você me fez lembrar de Rivelino e Dino Sani. O Dino tinha uma categoria que até doía de ver. A bola chegava no peito e colava e depois o toque, não de chapa, mas de peito de pé quando não era de três dedos. Já o Rivelino, sem comentários sobre seu futebol, era gênio, pena que o time do SCCP não ajudava. Em 1965 ele jogava nos aspirantes e eu ia ver, tinha 15 anos. Ele fazia coisas que não podia no profissional para não se expor. A bola vinha para ele no meio de campo e, de primeira, mandava uma bomba para o gol. De primeira mesmo. E quase sempre a bola ou ia no gol ou passava perto. No profissional se a bola fosse nas nuvens ia pegar mal e não fez mais.Por falar em pegar de primeira e do jeito que vier, quem fazia isso no começo da carreira era o Serginho Chulapa. Do jeito que vinha mandava e sempre se saia bem. Depois se guardou .

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    1. Pois bem, na época, a bola era dura, a chuteira um horror e o gramado normalmente em mal estado. Hoje, a chuteira é uma luva, a bola levíssima e o gramado um tapete. O nível hoje é realmente lamentável. Tentei sempre imitar o Dino nas peladas não batendo de chapa, que é mais fácil, e sim de peito de pé. É sempre bom imitar o que os jogadores tinham de melhor, sempre que possível, lógico. Eu imitava a levantada de bola que o Djalma Santos fazia. Um pé ficava no chão e com o outro trazia a bola e assim levantava a pelota para mandar para frente ou cruzar, rs.

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    2. Parecido, eu disse parecido, com o Dino Sani era o Nei Conceição do Botafogo, talvez depois do Leandro do Flamengo tenha sido o cara com mais habilidade que vi jogar.

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  4. Não vejo mais jogo do Vasco por ser pura perda de tempo, porque o Vasco é derrotado em oito de cada dez jogos disputados. Todavia, minutos antes de postar o seu artigo do dia, tomei conhecimento da lanterna do Vasco no torneio em Manaus (último colocado com duas contundentes derrotas), então, em sinal de protesto pela posição do Vasco no torneio fiz isso, aliás, pior, eu já sabia e havia comentado aqui no blog. Mas, derrota do time do coração não adianta assistir ou não o jogo, quando vem o resultado a dor pela derrota é basicamente a mesma, talvez não assistindo seja até pior, pois durante o jogo vamos jogando no ar a raiva contida.
    Meus comentários aqui tem sido de protesto contra o que vem acontecendo no meu outrora gigante Vasco da Gama, e como os vascaínos leitores do blog não me contestam ou criticam a minha atitude suponho que eles estão concordando comigo ou pelo menos sendo indiferentes ao que escrevo, o mais provável, lógico, até Mano Belo não escreve nada, só Sefinho com suas ironias tem sido solidário com meu sofrimento, porém, isso não é sinal de bondade dele, pois, como dizia Armando Nogueira, o importante para o torcedor é que seu adversário sofra, não basta apenas ele estar feliz, a maior felicidade é o sofrimento do torcedor adversário.

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    1. Solidário é pouco. Minha alma vascaína, mas de pele rubro-negra, não me permitiria um abandono. Esse blog com todo respeito aos demais colaboradores, não seria o que é, sem você Categoria e seu sofrimento. Mas um detalhe me incomoda, a paciência do Ademir Tadeu, ele não pode ser tão insensível assim e nem tão impávido a nossa supremacia.

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  5. Gilberto, por falar em jogada de três dedos, que belo lançamento fez o garoto do Corinthians que redundou no segundo gol do Timão contra o SP, confesso que não via isso há muito tempo. Volto ao assunto: essa Copinha apontou uns meninos que talvez venham a se destacar no futuro. Chico David concordou comigo, ainda por cima deu ênfase em alguns nomes.
    Enquanto isso a Seleção sub 20 do Brasil..., bem, pelo porte físico e não pelo futebol pode ser que... que..., bem, deixa pra lá.
    Quanto a jogos piores do que o de Manaus no campeonato carioca, isto é do Canavial, pode ter certeza absoluta que termos muitos, muitos mesmo, aliás, um ou outro bom, mas já comprei o pacote completo do carioca (canavial) e do paulista, mais pelo paulista.

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    1. Eu ainda não comprei os estaduais. Não prestei atenção na jogada de três dedos . Olhos de lince do José Luiz.

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    2. A OiTv, minha operadora depois de 17 anos de Sky, me dá seis estaduais no meu pacote por um preço igual de um com Série A e um Estadual da concorrente. Já está reservado e este ano terei Mineiro, Carioca, Gaúcho, Paranaense, Pernambucano, Baiano e, claro o Paulistão véio de guerra que será meu prioritário, tem jogos melhores e mais equilibrados.

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  6. Adílson, sou o rapaz que conversou com vc no evento do Americano. Trabalhei com o Leandro no Jornal O Diário.

    Quanto ao jogo entre São Paulo e Vasco também achei de péssima qualidade, mas emocionante no final!

    Fico pensando como o São Paulo vai disputar uma Libertadores com este time.

    De bom mesmo só achei o Carlinhos, sempre incisivo!

    O time do Vasco é pior do que o da Série B.

    Contra o Flamengo até criou alguma coisa no primeiro tempo.

    Mas depender do Bernardo...

    Bem, sobre a emoção no final da partida, foi pq o São Paulo conseguiu o gol da vitória justamente depois de ficar com um homem a menos.

    Em relação à Copinha, eu gostei muito dos jogos que vi. O time do Botafogo de Ribeirão Preto tem muitos bons valores, como o Carlos, salvo engano, e meu chará Wesley. O Corinthians também tem um garoto, que esqueci o nome agora, que tem feito muitos gols! E por falar em gol, "o grande momento do futebol" (!), quanto gol bonito nesta Copa São Paulo. A lamentar o fato de só times paulistas terem chegado à semifinal.

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  7. Estou me associando ao Sefinho nas boas vindas ao Wesley Machado.

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