Carnaval 2025 - Será que ainda existe Carnaval?

 Nem ouso comentar algo sobre o que um dia chamamos de "maior festa popular do Brasil". Nem ouso dizer que, mais uma vez, não terei um carnaval para chamar de meu. Não ouso dizer que vou me divertir na folia e cair nos braços de Momo por três dias, como já fizemos (nós os mais rodados) por longos anos que nos fizeram ficar velhos, saudosos, ranzinzas e radicais. 

Falar de música de carnaval então... deixa prá lá, é melhor não escrever nada para não provocar ira nos mais novos, aqueles fãs de funk, pagode e coisas e tais, como as breganejas e falsas sertanejas que assolam os ouvidos e invadem nossa intimidade do lar, levados pela Globo e sua turma de caçadores de visualizações, e o povo brasileiro, coloco aqui mundial, certo? Vai nessa onda e esquece tudo aquilo que seus pais, avós e irmãos mais velhos curtiram de verdade nos quatro dias de folia. 

Quem não? Abre Alas para minha playlist e não saia a rua de Máscara Negra nem mesmo se jogarem Pó de Mico em Mim, ou em você, chame a Mulata Assanhada ou a Turma do Funil para entrar em um bar, mas não pense que Cachaça é Água, por favor, e cuidado com o Balancê da Aurora, pode te levar para Martinica ou para o Deserto do Saara, onde o calor dá para gritar Alah Lah ô, com toda certeza. 

Bons tempos, eu vivi intensamente os bailes de matinê, no Primavera, já crescido, e no Aero Clube, ambos lá na minha Miracema, quando criança, e os bailes noturnos nem queiram saber, eu toquei no Bola Preta (Associação), no Clube XV e pulei muito nestes dois salões cantando alegremente até surgir no som do salão, a danada, não a cachaça, mas sim a Cidade Maravilhosa, que findava o sonho de mais um dia de carnaval. 

Comentários

  1. Como sempre ,uma viagem gratuita.Em tempo : Esse Carnaval? Só lembranças...

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Brasileirão de volta

Libertadores: Jogos decisivos

Flamengo vence outra