Futebol do Rio é a mãe do dia

Passamos o "Dia das Mães" na casa do filho caçula, Leandro, são-paulino confesso e por isto voltamos para nosso apartamento cinco minutos antes da rodada deste domingo, pelo Brasileirão, e ao chegar à casa liguei a TV e Marina, a mãe dos meus filhos, perguntou: - Ué, não assistirá ao jogo do Flamengo? 

Não, foi a resposta que dei, e completei: Se um time não está preocupado com o jogo e com o campeonato, dá maior interesse ao jogo de quarta-feira, porque assistirei sua partida pelo Brasileiro? Opto por ver um jogo que pode me proporcionar um espetáculo de melhor qualidade e por isto assistirei Corinthians x Palmeiras. 

Mas que escolha ruim, o Derby dos paulistas foi tão ruim e tão desinteressante que comecei a dividir espaço do controle remoto com os jogos do São Paulo, homenagem ao Leandro, lá na Bahia, e com o choque dos Atléticos, no Paraná, que no meu modo de ver, pelo menos nos minutos que assisti de vários jogos de hoje, foi o que de melhor aconteceu na rodada dominical. 

O jogo do Flamengo estava no celular, com um fone de ouvido plugado e com o placar, também no móvel, era avisado sobre os gols e alguns comentários sobre os jogos em andamento e lá em São Paulo, na Arena de Itaquera, o jogo continuava morno, sem graça e até mesmo o apito amigo não apareceu e, aliás, o Palmeiras não pode reclamar sequer de um lance errado por parte do apito de Daronco. 

E o que deu para ver neste domingo de bola rolando? Que o Flamengo tem um elenco fraco e este ano sequer o apito amigo está do seu lado, foi "premiado" com mais um pênalti inexistente, segundo gol da Chapecoense, e foi castigado pela péssima escolha, na escalação, do estagiário que comanda o time principal do rubro-negro carioca, a derrota não foi justa mas mostrou que não dá para fazer opções com time alternativo quando nem mesmo o titular está agradando a torcida e aos críticos. 

Se me perguntarem se vi o jogo do Vasco respondo que só assisti ao último lance do jogo, passei a tevê da sala para Marina e vi a cobrança de falta de um jogador vascaíno, no último segundo do jogo, e vi o apito final da derrota do time de São Januário para o Vitória pelo mesmo placar da derrota do Flamengo lá em Chapecó, 3x2, e vi a galera vascaína da rua comemorando a derrota do rubro-negro e os rubro-negros comemorando a derrota vascaína. 

Este é o futebol do Rio de Janeiro onde a alegria de um é a tristeza de outro. E estamos conversados.

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