Meu pai era um sábio
Me bateu uma saudade danada do meu querido pai, Zebinho Dutra, assistindo este jogo de abertura do Mundial de Clubes da Fifa. Hiroshima e Auckland fazem, ainda estão correndo a bola e o cronômetro, e o gol não sai nem a pau. E por que me deu saudade do Zebinho? Explico. Assim que a mana Eliane assinou a Sky ele ficou freguês dos filmes de ação e faroeste, só que ele, aposentado e sem opções de lazer, exceto as partidas de sinuca lá no Clube XV, na Terrinha, ficava assistindo tevê e a seus filmes praticamente toda a tarde, e no final dizia: "Tem cada filme tão ruim e repetido que dá vontade de desistir e procurar outra coisa prá fazer". As irmãs zombavam dele, que me ligava sempre que queria ver algo diferente: "Filho, o que tem prá ver aí na televisão, eu não acho nada de bom". A turma não acreditava nele, achava-o um chato que tinha de tudo e não estava satisfeito. Entenderam? É isto, eu sempre reclamava que não podia ver futebol na tevê, mesmo sendo assin