Papo de Bola - Dois tempos, dois gols e duas Libertadores

Amanheceu com uma chuva fina e uma temperatura agradável querendo mostrar que o domingo será cinzento, sem sol e com pouco brilho, diferente do sábado, que foi quente, também chuvoso, mas com um brilho de duas cores no ar, o vermelho e o preto foram protagonistas nas ruas, nos bares, nos shoppings e. principalmente, no Estádio Monumental de Lima, no Peru, onde o Flamengo conquistou sua segunda Taça Libertadores da América. 

Nelson Rodrigues, o grande cronista brasileiro, tinha um bordão incrível em suas colunas, "estava escrito há mil anos", e hoje uso para definir o que foi a conquista rubro-negra, em Lima, realmente estava escrito e só não leu quem não quis ou não entendeu já que o clima, alguns queriam comparar com o negativismo do Mundial de 1950, no famoso "Maracanazo" uruguaio, e outros transforaram em oba... oba letal para o Flamengo. 

Pois é, disse Bicudo, estava escrito e se concretizou, o tuiteiro pedia a saída de Gabigol, "tá na hora de Jesus tirar este Gabigol e botar o garoto Lincoln, falou o jornalista Renato Maurício do Prado, e dois minutos depois ele, Gabrigol, faz o gol do empate, aos 43 minutos. Silêncio total na sala, gritos na rua, êxtase no Monumental de Lima, alegria no banco de reservas onde Jesus, soberano, começava a saborear um título que estava escorregando pelos dedos. 

Mas antes do desfecho deste Papo de Bola há de se dizer sobre o jogo, que teve um primeiro tempo de domínio do River Plate, que parou todo o sistema de criação do Flamengo e, ao anular Everton, Arrascaeta e as descidas de Bruno Henrique, diminuiu o jogo do adversário e foi dono do maior domínio do período. 

No segundo tempo as coisas se inverteram, Jesus mudou o plano tático e surpreendeu Galhardo. O Flamengo voltou impetuoso, jogando com mais velocidade e causou um estrado físico nos argentinos, que correram muito no primeiro tempo e o técnico foi obrigado a mudar duas peças e perdeu o controle do meio campo e o Flamengo foi muito mais time e as alterações de JJ surtiram efeito e a virada, já nos minutos finais e não mais aguardada, chegou com emoção digna de um infarto no mais apaixonado torcedor rubro-negro. 

E a virada chegou aos 46' novamente com Gabriel Barbosa, o Gabigol, e daí prá frente só se aguardava o apito final do ótimo árbitro chileno e a festa começou em todo Brasil e nas ruas da capital peruana. E este que vos fala se calou e esperou os comentários daqueles que criaram o clima negativo para um jogo que Nelson Rodrigues diria, logo após o apito final do árbitro, "o Flamengo é muito além do brilho das estrelas, o Flamengo é inexplicável."




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