Na fila do pão gritar "Azul" é permitido

E hoje, com a coluna dando uma trégua, teve até padaria e papo da fila do pão, que aliás estava muito animada, segundo o gerente Marcinho o JR não apareceu ontem e hoje ainda não havia dado o ar da graça. "Ele fez igual a ti, meu amigo Dutra, inventou uma dor nas costas para não falar do Flamengo". 

Demos uma boa gargalhada e Edu, nosso fiel vascaíno "secador", saiu em defesa da classe: "Que nada, Marcinho, tanto o Dutra quanto o JR já estão perto dos setenta e qualquer tempinho passado no sofá a coluna dói e deixa os velhinhos travados". 

Valeu, Edu, de secador a advogado de defesa, mas sabem porque? Amanhã tem Goytacaz, time do coração do baixinho, e por isto ele vestia uma linda camisa azul, um boné azul e falava que o céu de campos "é azul por natureza", nada para zoar nosso Flamengo, meu caro Marcinho, simplesmente para exaltar o seu Goytacaz. 

E Marcinho, torcedor do Glorioso Americano, que aliás o deixou aborrecido na quarta-feira, meu gerente está uma fera. "Perdi duas nos pênaltis na quarta, uma à tarde e outra à noite, tomara que o Goytacaz se ferre no sábado para eu não ter que pagar a aposta ao JR", reclamou Marcinho já sabendo que poderá ser zoado novamente na segunda-feira.

E como o assunto já não era mais a derrota do Flamengo e sim a decisão da Segunda Divisão do Rio, amanhã tem Goytacaz x América, no Arisão, três da tarde, com o Azul da Rua do Gás jogando pelo empate para ficar com o título, os velhinhos da Estrela Dalva se livraram da zoação e, como o reduto é alvianil, a palavra AZUL não incomodou e passou a ser um grito de guerra da turma da padaria. 


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