Papo de chato: Ainda bem que tenho Netflix

... "Tem dias que a gente se sente, como quem partiu ou morreu, a gente estancou de repente ou foi mundo então que parou... " Este verso, de Chico Buarque, em Roda Viva, reflete bem o que penso neste momento em que me sento à mesa do computador, tento rabiscar um rascunho de crônica, tento ouvir uma boa música ao fundo e o vizinho, da oficina, recebe um cliente que deixa, a todo volume, o som da caminhonete tocando estas "músicas", que agora chamam de sofrência, e o pobre infeliz do mortal é obrigado a escutar. 

Já estava irado com o que via na televisão, o Jornal Hoje exibiu a primeira parte de uma matéria, deve ter sido encomendada pela Globo Música ou pela Som Livre, ambas das Organizações Globo, enaltecendo o tal Sertanejo Universitário, que nada mais é do que um apelativo como rótulo da empresa, não leva a nada, não cria nada e deseduca o brasileiro já deseducado por falta de educação melhor nas escolas. 

Já estava irado com o que assistia, nos programas de televisão, onde Eurico Miranda e seu charuto fético, aparecia de dois em dois minutos, nada contra o Vasco ou a apresentação de Luis Fabiano, mas minha ira aumenta a cada aparição do dirigente nas emissoras que sempre o criticaram, como a Espn, e como é preciso falar com alguém sobre as lambanças da CBF e da Ferj, nada melhor do que o emblemático presidente do Clube de Regatas Vasco da Gama e que se dane a opinião da empresa. 

Hipocrisia pura e ainda recebo o Twitter de retorno de um destes jornalistas entrevistadores, dizendo que o que fazem é informação. 

Já estava irado com as companhias aéreas do mundo inteiro, que me  "venderam" um programa de viagem por um preço e queriam a confirmação com um preço 20 por cento acima do que combinaram e tentam me dizer que é o preço do mercado. Que mercado é este? Ninguém está viajando como antes, ninguém está confirmando compra e o primeiro trouxa que tenta é tratado como um idiota desprovido de inteligência.  

E somem então todas estas irritações e somem a isto tudo as mensagens de textos que sou obrigado a ler no meu celular, o punhado de ligações inúteis, sem interesse algum, recebidas no telefone fixo e, no final dia, reclamam porque fui ao Armazém do Lenílson tomar uma cerveja e jogar conversa fora com os amigos que trabalham o dia inteiro de forma honesta e que também sofrem com as idiotices de fregueses e clientes. 

E por isto reclamo barbaridade e se você está afim de retrucar basta mandar uma mensagem que vamos debater, mas por favor, de forma educada e inteligente porque da outra forma eu me fartei lá no Facebook e estou me fartando no Twitter, que daqui a pouco também será limado por mim. 

Aff... consegui escrever mais um desabafo e você é que é obrigado ouvir, ou ler aqui no caso, me perdoe. Prometo que não será o último e virão outros em breve. 

Ainda bem que tenho Netflix. 

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