Portugal calou Paris

Tenho certeza de que o futebol continua imprevisível e improvável. Tenho certeza de que o futebol é o único esporte onde o favorito nunca será favorito absoluto. Tenho certeza de que a soberba e a probalidade não estão inseridas em uma final de qualquer que seja a competição. Tenho certeza de que o mata mata é o sistema de torneio que mais valoriza o pequeno ou ao não favorito ao título. 

Tudo isto para dizer que Portugal é campeão da Europa e chegou a final com cinco empates, em sete jogos, e com três prorrogações nos quatro jogos da fase e fez do regulamento a sua grande arma para chegar a vitória, agora a pouco, contra a França, sem contar com Cristiano Ronaldo desde aos dez minutos do primeiro tempo do jogo. 

No intervalo do primeiro para o segundo tempo eu comentei, no Facebook, que teríamos um herói improvável na partida, o goleiro português Rui Patrício, que praticara duas defesas milagrosas e se transformava em paredão para o ataque francês. Quando Fernando Santos trocou o garoto Renato Sanches, o melhor depois de CR7, para colocar Eder e mandar o time todo para o ataque, temi o pior para os lusos, mas técnico é quem sabe das coisas e o rapaz se transformou no grande herói da conquista de Portugal. 

Pepe, sempre criticado por mim, se transformou em um monstro e em um líder após a saída de Cristiano Ronaldo, e a França se perdeu na tentativa de bola aérea e nas jogadas pelos flancos não conseguiu chegar ao gol que lhe daria tranquilidade. 

E agora tenho certeza também que este ano é o ano dos improváveis campeões, tomem cuidado grandes favoritos do Brasileirão, podemos ter surpresas no final do ano. 

Comentários

  1. Veremos se a previsibilidade do futebol que até a poucos dias era cantada em prosa e verso pela imprensa especializada e que depois da queda do "muro de Berlim" durante esta Eurocopa e com a vitória final, imprevisível dos portugueses sobre os novos franceses mesmo sem o genial Ronaldo deles, ainda será lembrada daqui a uns 5 anos, apenas 5. Gente não vi nenhuma diferença entre os jogos da Euro e nosso falido brasileirinho, podem até me tirar a notoriedade, mas não abro mão de achar que o Quaresma ou Nani jogam o mesmo que o Cirino, só depende do dia, cada um pior ou melhor que o outro, ou seja tudo igual, diferente é o Messi, o Cristiano e o Neymar, outros desse nível "devem" estar chegando, mas ainda não apontaram na escuridão do túnel.

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  2. Foi um bom jogo para assistir e o time português parecia estar em campo com 22 jogadores. Por merecimento seria a França campeã. Mas isso não conta no futebol e a Seleção Portuguesa e Cristiano Ronaldo, com a minha torcida, escreveram mais um capítulo na história do futebol. Dá-lhe Quaresma!

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