Dia de clássico, mas dia de saudade de um Flamengo x Botafogo

Hoje é dia de um abraço especial para o meu primo e grande amigo, Márcio Baby, que está entrando no time dos sexagenários e, como um garoto, ainda correndo atrás da bola. Neste sábado, lá na sua Laje do Muriaé, o agora capixaba Márcio Baby realizará uma pelada de confraternização e comemoração entre seus antigos companheiros e amigos do Laje EC e dos atuais parceiros de Vitória, onde está residindo há algum tempo.

Estarei por lá, mas apenas nas arquibancadas do estádio municipal, de onde assistirei, em meu smartphone, o clássico carioca, Botafogo x Flamengo, que será realizado no acanhado e pequeno estádio da Portuguesa, na Ilha do Governador, que recebeu alguns ajustes e algumas arquibancadas metálicas que fizeram aumentar a capacidade de público para 15 mil expectadores. 

Sobre o jogo muito pouco a dizer, este já foi um clássico que reuniu mais de cem mil pessoas no Maracanã, clássico que já decidiu Brasileiro e Carioca, que já teve em campo gênios da bola como Garrincha, Didi, Zico e Dida, clássico que tem história, tem um passado digno do melhor futebol do mundo e que hoje, longe do Maracanã, se torna pequeno e sem importância, mas, com todo respeito aos dois, principalmente ao Glorioso Botafogo FR, não representa sequer um por cento do que foram os memoráveis jogos que assisti nas gerais e arquibancadas do Maracanã. 

Hoje tem Márcio Araújo e não Carlinhos ou Carpegiani, hoje tem Gegê e não Carlos Roberto ou Gérson, hoje tem Guerrero e Gervário e não Henrique ou Paulinho Valentim, enfim, não teremos Mário Viana ou Alberto da Gama Malcher, mas com certeza um Vuadem ou um Meira Ricci qualquer apitando o velho e tradicional clássico carioca. 

Se existe um favorito em clássico eu não acredito, hoje pode dar Flamengo ou Botafogo, um precisando chegar ao G4, a zona de classificação da Libertadores ou até mesmo pensar em título, e o outro fugindo da degola e do famoso e desprezível Z4, a zona do rebaixamento. Que seja um bom jogo e que vença o melhor sem a interferência do homem do apito. 

Comentários

  1. Maracanã em 1962, eu com 11 anos de idade. Maracanã era inatingível para mim algo quase impossível de conhecer e se de alguma forma pudesse ver algum joo na TV já seria de grande alegria. Já falei sobre a final de 1962, Botafogo 3 x 0 , tido como o último grande jogo de Garrincha . Em 1962 eu não tinha TV em casa. E eu adorava ver futebol na TV.
    Em 15/12/1962 decidiram o campeonato carioca Botafogo x Flamengo no Maracanã, jogo este que teve 146.000 pagantes e….Garrincha naquela que seria sua última grande tarde nos gramados.
    Meu vizinho da mesma idade torcia para o Santos F.C. e ia ver o jogo na casa dele. Ele sabia que eu desejava e muito ver o jogo mas não me convidou.
    Se o Botafogo empatasse, adeus ao título carioca de 1962. Mas com um time daqueles (Manga, Paulistinha, Jadir, Nilton Santos e Rildo, Aírton e Édson, Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagalo), o alvinegro era o favorito contra o Flamengo. Tarde de gala no Maracanã e o Brasil inteiro ligado na partida, que começou com uma investida fulminante de Dida, a bola raspando a trave de Manga. A pressão rubro-negra durou até que Garrincha, ganhando na corrida de Jordan, chutou cruzado e rasteiro no canto, sem defesa para Fernando: 1 x 0. Aos 35, Amarildo, mesmo com um estiramento na coxa, toca para Garrincha, que dribla dois, cruza para Quarentinha que emenda para o gol: 2 x 0. O Botafogo estava a vontade, imprimia ao jogo um ritmo cadenciado, na base do toque. Aos 2 minutos do segundo tempo, Garrincha fecha o placar, 3 x 0. E tome festa alvinegra.

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  2. Estou me sentindo muito mal, jogar sábado a tarde, contra o Botafogo, me parece estar na segunda divisão.

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