Um novo perfil de jogador de futebol

Realmente o jogador de futebol virou super star, celebridade e seus dias já não os mesmos daqueles que marcaram a carreira dos maiores atletas, viu, eu disse maiores atletas, do mundo. Pelé, Maradona, Platini, Zico, Rivelino, Edmundo, Romário e tantos outros que ficaria por aqui meia hora ou mais escrevendo seus nomes,não perdiam tempo em atividades comerciais, festas baladas, e, principalmente, cinco ou seis horas aplicando  uma nova tatuagem no corpo moldado por aparelhos de musculação. 

Neymar já está sendo olhado com cuidado pelo Barcelona, seu rendimento dentro das quatro linhas após a compra de seu jatinho, que o trás para o  Brasil mensalmente para compromissos com patrocinadores e do coração, Messi, que treina intensamente, já o criticou em circuito fechado e sua amizade com o argentino está restrita apenas aos momentos de treinos e jogos, saídas à noite só Messi e Suárez. 

Eu jogo a responsabilidade desta nova vida das celebridades esportivas a seus assessores de imprensa e a sede da imprensa em querer provar que sabe tudo da vida íntima do super star, brasileiro ou não. Hoje, por exemplo, o globoesporte.com, que julgo ser o melhor entre os brasileiros, chama uma matéria com a foto de Roberto Firmíno, um mediano atacante do Liverpool, diversas vezes convocao por Dunga, fazendo mais uma tatuagem em seu braço. 

Eu pergunto: O que interessa ao torcedor uma matéria desta? Sim, interessa muito, afinal estes rapazes não são atletas de futebol e sim jogadores, muito bem remunerados, milionários e precisam aparecer na mídia internacional para enaltecer o seu ego. 


Comentários

  1. Podem atirar pedras de tudo quanto é lado, pois reafirmo que sou um saudosista com muito orgulho do nosso futebol. O que temos atualmente é puro marketing, jogadores de medianos para baixo são alçados a craques do dia para noite, sem mostrar 1% do que os verdadeiros craques faziam em um passado recente. Por isso escrevi recentemente - em tom de desabafo - aquela coluna "os anos de ouro do futebol brasileiro".

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  2. Ademir Tadeu, os tempos são outros. Temos que encarar a realidade. Ontem assisti na ESPN o "Canal 100" - Fla x Flu com 200 mil no maracanã, emocionante, mas isso nunca mais acontece. Também sou saudosista, mas tem que olhar para frente.

    Sobrenatural de Almeida

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  3. Tanto o saudosismo do Tadeu, quanto a realidade de hoje do Dutra quanto a visão futurista vinda do além do Almeida (in memorian) estão corretas, mas faço um questionamento, será que os jovens torcedores (não vândalos organizados) uniformizados ou não, sabem a que o Tadeu se refere? Estamos nós, coniventes com o que o Dutra visualiza nas marcas corporais e individuais dos "ATLETAS" de hoje? E eu, será que conseguirei acompanhar e entender o que vem pela frente?

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  4. O futebol brasileiro a meu ver foi um dos que mais retrocederam tecnicamente no mundo. Hoje somos regulares, no máximo bons, perdemos a condição de ótimos como fomos no passado, por quê? Um dos fatores e são muitos, é que, os bons jogadores vão muito jovens para a meca do futebol, a Europa, poderiam muito deles com o tempo se aqui permanecessem passar a condição de ótimos, porém, ficam ricos cedo demais. Talvez por isso, perdem o interesse pelas coisas do seu país, as referências, como por exemplo: o futebol arte, o improviso nas jogadas, a picardia (no bom sentido). Ficam desiludidos com o seu Brasil, pois veem e vivem coisas do primeiro mundo onde moram e trabalham, e ao buscarem um novo contato com as suas origens ouvem e veem coisas do terceiro mundo onde até os habitantes sensatos deste torrão se revoltam. Aqui não existe patriotismo, boa educação, cidadania. É comum o desrespeito aos símbolos da pátria como o nosso hino nacional que constantemente é desrespeitado ao ser tocado de norte a sul, leste a oeste, agora mesmo, a torcida do Palmeiras em flagrante desrespeito às leis colocou letra na sua introdução musical e canta: Palmeiras, Palmeiras, Palmeira no ritmo musical de abertura do nosso hino.
    Isto é Brasil. Que coisa!

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