Papo de Bola - Estou de acordo com o Vasconcelos

Quem me segue há alguns anos sabe de minha opinião sobre o tema que vou colocar em debate. Hoje, no Redação Sportv, Paulo César Vasconcelos, comentarista da casa, tocou em um assunto que venho falando faz um tempão, ou seja, a configuração de guerra ou combate que os jornalistas "modernos" deram ao jogo de futebol, aqui no nosso jornal regional, principalmente da Intertv, são mestres em usar duelo, matador, comandante ou guerreiros, para ficar só nestes termos, e, o que é pior, a grande imprensa e a torcida também entrou nesta e usam o mesmo teor bélico nas matérias que chamam os jogos da rodada.

Exemplo: No duelo de hoje o time terá o desfalque do matador, mas o volante brucutu está confirmado e o treinador disse que cada um tem que lutar pela bola como se fosse por um prato de comida ou em uma guerra.

Sentiram o que estou dizendo? Virou banalidade o termo guerreiro e falar em duelo entre torcidas agora é rotina e os torcedores, que não são santos, fazem das arquibancadas verdadeiras praças de guerras, no mínimo. Hora de mudar? Não, a hora já passou e os árbitros acomodadores, até podemos chama-los de "bananas", como o que apitou Ponte x Figueirense, inventando aquele pênalti, a bola bateu no rosto do zagueiro, e só ele e o bandeira não viram, será?

Caro Paulo César Vasconcelos, sua retórica é admirável, seus comentários as vezes são inteligentes e em outras complicados e rabuscados, mas desta vez concordo plenamente contigo, a imprensa, principalmente as grandes emissoras de televisão, como a Globo e o Sportv, precisam parar de chamar jogadores de herois, jogo de duelo e artilheiro de matador, quem sabe assim o torcedor também se re-acostume com o linguajar dos anos dourados, onde Pelé era craque, Nunes, artilheiro e não tínhamos "animal", "brucutu" "matador" ou "guerreiro"?