Fora Dunga ou Fica Dunga? Brasil ganha um ponto na Argentina

Assistindo, atentamente, ao jogo de ontem à noite, deitado em minha cama após uma boa jornada de papo e cerveja no Armazém, entrei no coro de chega de seleção, ouvido na nossa roda de sexta-feita aqui na Formosa. O time estava irritante, sem um padrão de jogo definido, um bando em campo sem fazer o que o técnico pretendia e, vendo os primeiros quarenta e cinco minutos eu não poderia entrar no outro coro, o de "fora Dunga", afinal o treinador, por pior que seja, não poderia fazer nada diferente com aquela turma de enganadores em campo. 

A Argentina não jogou o suficiente para vencer o jogo, se time tivesse ou se todos os seus titulares mais destacados estivessem em campo, poderiam sim aproveitar a longa avenida aberta pelo lado esquerdo, Davi e Filipe, ambos Luiz, não são jogadores de uma seleção que tenta ser de alto nível e os hermanos só não chegaram a uma goleada, ainda na etapa inicial, por que também já não jogam futebol como nos anos dourados. 

E aí veio o segundo tempo, a Argentina continuou jogando melhor até aos doze minutos, quando Dunga resolveu dizer que estava presente e fez a mudança que transformaria a partida perdida em um jogo que poderia ser virado pelo time da CBF. Entrou Douglas Costa, que não poderia ficar no banco, aí eu digo "fora Dunga", e na primeira jogada ele desconcertou o setor defensivo argentino e na segunda jogada botou uma bola na trave e no rebote gol de Lucas Lima. 

E você, que viu o jogo, sabe qual foi o castigo de Lucas Lima após fazer o gol, não é mesmo? Isto, quando o garoto ganha moral com o gol marcado no Monumental de Nuñes, contra o maior rival da seleção brasileira, se enche de orgulho e vontade, o técnico manda entrar Renato Augusto em seu lugar, como se falasse: "Isto não é coisa que se faça Lucas Lima, você não pode fazer gol". E aí o time se perdeu novamente e mais uma vez a Argentina tomou conta, com alguns lampejos do time brasileiro mas sem incomodar o goleiro adversário. 

Aliás ontem poderia até ter um gordinho no gol de cada time porque não faria feio, bastava ter altura para cortar os cruzamentos, como fez o gaúcho, conterrâneo de Dunga e Tafarel, Álison, que socou um punhado de bola e viu outras tantas passar pela sua pequena área;

No mais o empate castigou os dois times ruins e me fez ficar pensando se a turma tem razão em pedir a cabeça de Dunga ou se eu tenho minhas razões em dizer que nosso problema não é só treinador, comissão técnica, dirigentes corruptos e ineficientes ou se é mesmo a péssima safra de jogadores a disposição dos selecionadores, um time que tem David Luiz, Luiz Gustavo, Filipe Luiz, o decadente Daniel Alves, o ineficiente Elias, que pode ser ídolo e bom jogador no Corinthians mas jamais em seleção de ponta, não pode ter apenas o treinador como culpado. 

Mudanças já e a primeira deveria ser a união dos clubes para a criação de uma grande liga nacional, como se fez na Inglaterra e na Alemanha que viram o seu futebol ficar milionário e os clubes cada vez mais fortes e ricos sem o jugo das federações.

Comentários

  1. Não vi o jogo, pois tinha marcado na minha agenda quinta-feira, jogo Argentina e Brasil, mas como foi transferido para ontem, perdeu lugar. Fui a uma roda de Choro em Taguatinga, um projeto muito bacana de revitalização de uma área carente onde tem uma série de atividades além da música, Mercado Sul – Vive, esse é o nome do projeto.
    Fui a contragosto da família, pois segundo eles a área é violenta e perigosa, não vi nada de perigo, mas assisti grupos de Choro se apresentares com excelentes músicos formados no Clube de Choro de Brasília: Brincadeira Boa, Aroeira e Quarteto Capivara (só não entendo o porquê da preferência desses nomes pelos chorões}, aliás, é comum no meio, no Rio tem o Água de Moringa, talvez por isso é que o choro não pega no Brasil e seja admirado em muitos países. Brasília tem um movimento musical muito interessante e forte do Choro.
    Como não vi, gostei muito do jogo, ainda mais pelo que descreveu o Dutra. Ontem à tarde assisti França x Alemanha, show tático das dois técnicos, embora tenha sido um jogo chato e amarrado, tática para quem gosta de tática, como Adilson e Tadeu, eu gosto de pelada. Já por aqui, os nossos treinadores ainda estão na época em que se amarrava cachorro com linguiça, incluindo Murici, Tite e principalmente Dunga que nunca foi técnico. Adilson disse tudo: o problema do futebol no Brasil, na verdade é um conjunto de fatores que, somados derrubam o melhor futebol do mundo (o brasileiro), péssimos dirigentes, razoáveis treinadores que nunca estiveram na elite mundial, safra muito ruim de jogadores etc.
    Quanto a Liga nacional, acredito que a solução não seja uma nova entidade para gerir o futebol brasileiro, pois os incompetentes dirigentes migrarão para lá. Caso a solução fosse criar órgão o Brasil seria o maior e melhor país do mundo, haja vista que, o nosso sistema político tem mais de 40 partidos, em cada governo criam e mudam nomes de ministérios. Não basta mudar o nome e nem criar órgãos para acabar com a Incompetência.
    O movimento fora Dilma agora está ampliado para fora Dilma e Dunga. Até que ficou bonitinho pode ser nome de dupla sertaneja.

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    1. O único jogo que eu assisti nos últimos dias foi o de ontem, Suécia 2 x 1 Dinamarca, que vale uma vaga para a Euro de 2016, e que ninguém mais sabe se será na França. Sobre o gostar de tática, amigo Categoria, gosto de ver o futebol bonito (acho que todos nós), com o time bem armado taticamente, e os times dirigidos pelo Guardiola conseguem praticar. Não fazendo comparações, e nem podemos, o Corinthians é o que de melhor temos na parte tática e técnica, para os nossos padrões atuais. Se o Santos arrumar o setor defensivo e mantiver a base do meio pra frente, poderá ser o time de 2016. Sobre sua ida a Brasília, espero que não encontre com o Cunha, enquanto vc assistia aos grupos de Choro, o restante dos brasileiros que assistiam ao jogo do Brasil, choravam de raiva. Um grande abraço, amigo! rsss

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