A seleção de 1978 brilharia em 2015?

Para salvar a terça-feira o Ademir Tadeu publicou, na sua página do Facebook, uma seleção carioca, premiada pela Revista Manchete Esportiva, no ano de 1978, como os melhores do ano do Campeonato Carioca/78, e, peguei a deixa e corri para o computador maior para escrever um pitaco sobre aquele time, sobre como um treinador poderia transformar aquela equipe premiada em um time imbatível, nos dias de hoje, e bastante ousado, naquele já longuinquo ano de 1978.

O técnico escolhido foi Cláudio Coutinho, que revolucionou taticamente o Flamengo e não deu certo na seleção brasileira, foi "campeão moral" na Argentina. Mas vamos ao que pretedo colocar em discussão no Blog, o time escolhido pelos jornalistas da Manchete Esportiva como o que foi de melhor naquele ano da graça para o Flamengo, que conquistou o título e iniciava a fase mais brilhante do clube em todos os tempos. 

Leão, Toninho, Abel, Alex (América) e Júnior, formava a defesa tradicional com dois do Vasco, dois do Flamengo e um do América, três destes estavam no time de Coutinho, na Argentina, e o meio, aí é que chamo atenção do leitor, foi escalado de forma incrível, um volante, que sabia jogar, e como jogava, Paulo César Carpegiani, três meias bem ofensivos, Mendonça, Adílio e Guina, um meia atacante artilheiro, Zico, e apenas um atacante de ofício, que sabia tratar a bola com carinho e tinha a velocidade de incomodar qualquer defesa Dé, o Aranha. 

Este time seria campeão hoje? Pergunta Ademir Tadeu lá no Facebook; Digo que, com os sistemas defensivos fracos, com os meios campos ruins e sem criatividade, acho que já teria encomendado a faixa de campeão brasileiro desde o fim do primeiro turno, veja o Santos, um time mediano, mas que no esquema de jogo está razoavelmente parecido com esta seleção da Manchete Esportiva, quando acerta o pé ningém para e os garotos, com os vovôs Ricardo e Renato, correm com categoria e as defesas se abrem. E então... Este time seria quase imbatível. 

Eu comentei por lá que com a zaga escalada, Abel e Alex, o Flamengo não levaria um gol sequer de cruzamento, e com os dois meias, Mendonça e Guina, o Vasco estaria brigando pelo título e não para  não cair. Nem vou falar dos dois laterais, Toninho e Júnior, fazer comparações com os de hoje é covardia e nem em Carpegiani, Adilio e Zico, o mais perfeito meio campo formado pelo Flamengo em todos os tempos. 

E aí, gostou? Fico por aqui feliz da vida por ter um assunto mais sério para conversar com os amigos nesta terça-feira. 

Comentários

  1. Bela crônica. Amanhã postarei os melhores de 78 a nível nacional, também eleitos pela Manchete Esportiva.

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  2. E ainda ficaram de fora desta seleção alguns nomes como Orlando Lelé, Marco Antônio, Ramon, Roberto Dinamite, Raul, Rondineli, Claudio Adão, Tita, Wendell, Edinho, Pintinho, Doval, Nunes, Mário, Zezé, Osmar, Gil, Manfrini e Luisinho.
    "Em um torneio que teve três artilheiros, com 19 gols cada, sendo dois do Flamengo – Cláudio Adão e Zico, e um do Vasco – Roberto Dinamite, a final foi decidida com apenas um golzinho. Um gol chorado, que veio a acontecer apenas aos 43 minutos do segundo tempo da decisão. Um gol que não sai da cabeça da Nação Rubro-Negra até os dias de hoje. E também insiste em não sair da cabeça dos vascaínos. Um gol que foi feito de cabeça. Da cabeça de um dos maiores jogadores da história do Mengo: o zagueiro Rondinelli, conhecido como Deus da Raça".(fonte www.soufla.com.br).

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  3. Me esqueci do Rodrigues Neto que fez em dois pelo Botafogo atuações memoráveis que o levaram à seleção da copa de 78, infelizmente ficando no banco do "lateral esquerdo" Edinho.
    Acho que já naquela época, técnico não escalava time.

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  4. .... e esse foi o erro do Coutinho naquela copa. Ser obrigado a levar e escalar Chicão com o Falcão desfilando classe categoria talento e arte, Junior já se destacando no Flamengo, Carpegiani já quase em final de carreira mas jogando o melhor de seu tempo de Flamengo, Adílio encarnando a genialidade do outrora titular Geraldo Assoviador, Renato e Careca no Guarani jogaram tanto que se tornaram campeões brasileiros pelo Guarani neste ano e curiosamente a Ponte Preta teve 3 jogadores naquela copa, Carlos, Polozzi e Oscar. Mas na verdade aquela seleção era muito boa, tinha alguns "nomes" que não poderiam ficar de fora e outros que mesmo com o "nome" não deveriam ter ido. Faltou liga ao time, faltou comando ao time, faltou organização ao time, o Coutinho se perdeu em meio a tantos "nomes" e "opiniões" ditadoras, e ainda fomos campeões morais.

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  5. Tudo bem sobre o Chicão, mas ele foi muito macho no jogo contra a Argentina. Não pode esquecer isso.

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    1. Era melhor levar o Moyses então. No jogo da Argentina, faltou o Zico desde o início, o Passarela e o Batista estariam até agora procurando por ele, colocaram o cara no meio do 2º tempo com a Argentina jogando com 11 lá atrás mais os 3 da arbitragem fora o Alfonsin e todo o comando militar, definitivamente em poucos minutos não deu pra ele fazer uma contra revolução.

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    2. Na verdade, eu gostaria era de esquecer disso Gilberto Maluf. Rssss

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    3. O Chicão era muito mais jogador que o Moyses, guardadas suas posições em campo. O Zico na Copa de 1978 nem de longe lembrou seu futebol.

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    4. Zico formou com Reinaldo uma dupla que tinha tudo pra fazer história.assim como Pelé e Tostão não necessariamente comparada a qualidade e sim a força da dupla. Fizeram uma copa como os outros, foram engolidos pelo esquema e pelas escalações constantemente alteradas. Cada jogo um time diferente. Saímos do Brasil de um jeito, chegamos lá, de todos.

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  6. Sobre o Rodrigues Neto para mim apenas um lateral regular. Nunca vi nada além e em São Paulo não se falava nele como craque.

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    1. O Rodrigues nunca foi craque, nunquinha, ele fez dois anos no Botafogo de cair o queixo, jogou muito, no momento da convocação, sem exagero, a seleção era ele e mais dez, estava voando. Outro que merecia ter ido, e nesse caso no lugar do Toninho, que também estava jogando muito, era o Orlando Lelé, vinha fazendo grandes partidas pelo Vasco, esse ficou pelo caminho, não me recordo se estava machucado ou algo extra campo o tirou dessa seleção.

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    2. Queria lembrar da capa de Veja para o Claudio Coutinho: " O falso brilhante " . Depois ficou mais objetivo .

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  7. Vamos aguardar para ver. Com os extraordinários jogadores que tivemos ao longo da nossa historia futebolística deveríamos ter conquistado pelos menos mais três Copas, todavia ficamos apenas com cinco, ainda assim, somos o país que mais conquistou Copas do Mundo até hoje.
    Muitos fatores contribuíram para isso: treinadores ruins como o Cláudio Coutinho, péssimos dirigentes, falta de um bom profissionalismo de nossos jogadores, aplicação tática e outras coisitas mais, porém, muito importantes como organização da CBF etc.
    Não podemos também esquecer que, em muitos períodos tivemos adversários de excelentes qualidades, como a própria Seleção da Argentina campeã de 1978 que tinha um bom goleiro, Fillol, uma ótima zaga onde o Passarella era o destaque, um meio de campo muito bom, destacando Ardilles, e um ataque, embora não muito brilhante tecnicamente, era muito eficiente, onde Kempes, Luque e Ortuiz chamavam a atenção, não podemos esquecer do seu treinador, o consagrado César Luiz Menotti.
    Recentemente o nosso eclético Tadeu destacou um fato de suma importância ao questionar o seguinte: será que ao criticarmos tanto a Seleção vice-campeã do mundo de 1950 não estamos sendo injustos com o Uruguai? O Brasil era tão superior assim? OU será que, como até hoje, vemos só uma seleção jogando, não reconhecemos nunca a superioridade técnica do adversário. Para a maioria dos analistas esportivos é o Brasil quem sempre joga mal, nunca reconhecendo que o adversário nos obriga, muitas vezes, a jogar mal. Assim será na próxima partida contra o Chile, sabemos que o Chile no momento tem um futebol superior ao nosso, porém, podem anotar aí, os analistas esportivos famosos como: Adilson Dutra, Yussef Damian e Ademir Tadeu vão escrever depois do jogo que o Brasil ganhou, perdeu ou empatou, todavia, jogou mal, não foi como no tempo do Zico, Junior e Falcão (nunca ganharam nem par ou impar). Não dirão que, o Campeão da América do Sul nos obrigou a jogar mal, do jeito que foi possível para assegurar um bom resultado. Vamos conferir depois.

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