Papo de Bola - Nem sempre o treinador é o culpado

Aqui vou eu, na contramão da história, dizendo que não adianta trocar de treinador quando o elenco é ruim, vide exemplo de Flamengo, Vasco, Santos, Coritiba, Joinvile, Goiás e outros mais que estão na zona de rebaixamento ou fazendo parte do bloco de figurantes do Brasileirão, este pitaco não serve para o Palmeiras, que tem um bom elenco e tinha um treinador fraco e sem qualidade para armar um time com tantas opções e provou, por onde passou, ser de mediano para baixo com status de grande estrela. 

Se te dão um meio campo com Márcio Araújo, Jonas, Canteiros e sem um e meia de ligação, ou um com Guiñazu, Jonh Cley e Júlio dos Santos, e o reforço que chega é "batizado" por contusão crônica, o que poderiam fazer Luxemburgo e Doriva? Claro, o mesmo que estão tentando fazer Cristóvão e Roth, milagre e muitas orações para seus santos protetores. 

Veja lá o Santos, cujo astro é o veterano Ricardo Oliveira e que tem na base um celeiro de craques de primeira qualidade, pelo menos é assim que a gente vê, e sem o dedo de um treinador que saiba trabalhar com eles, como fez Emerson Leão, não irá a outro lugar que não seja brigar pelo não rebaixamento, cá na Gávea, no Rio de Janeiro, os garotos da base são preteridos por medalhões, que chegam a peso de ouro e irão fazer o mínimo possível para reverter a situação. 

O mesmo acontece no Vasco, que não sobe ninguém das categorias inferiores e investe em dois ou três destes citados medalhões, com histórico de lesões acentuados, como Andrezinho, e um atacante que não joga desde o ano passado, Herrera,  e que foi contratado, como foi Dagoberto, para ser solução imediata. 

O Palmeiras contratou "de montão" a pedido de Osvaldo de Oliveira e os que vieram foram somados àqueles que Gareca, o argentino que não aguentou a pressão, havia pedido e o resultado foi um elenco inchado, cheio de opções e que o carioca, de Jabur, não soube fazer um caldo e deixou nas mãos do competente Marcelo, que também é Oliveira, para dar um jeito e botar ordem na casa. 

No Fluminense, que tem uma base privilegiada, trouxeram um mediano técnico, que já passara pelas Laranjeiras em muito sucesso, para o lugar de Cristóvão Borges e Enderson fez a mescla de veteranos com a garotada e deu resultado, Fluminense na zona de Libertadores;

Bem, e aí, bem aí entraram os empresários, aqueles que acabam com qualquer planejamento, e começaram os negócios com os meninos e os medalhões, em breve teremos novidades ruins no tricolor, que já pensa em Welington Paulista, aquele mesmo, para o lugar do garoto Kenedy, vendido para o futebol europeu, e outro medalhão para a vaga de Gérson, que sai em julho, e se juntarão a Magno Alves, que só Deus sabe o que foi fazer no Fluminense. 

E a bomba sempre estoura para o mais fraco e o torcedor é que paga o pato e o mico nas ruas e nas arquibancadas. 

Comentários

  1. Perfeito! Sem mais palavras.

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  2. Não há o que fazer. Falar que os meninos estão indo para fora do país ainda muito novos e jogarmos a culpa nos dirigentes e nos empresários é pouco ainda, na verdade o problema já vem do berço desses jovens, os familiares sonham em alugar os seus filhos na esperança que se transformem "todos" em grandes estrelas e astros mundiais, sonham com o luxo e o uso do poder dos "futuros" sabe-se lá o que. mas os tornam escravos do processo. Aos 11 anos as chuteiras já são coloridas e poucos as calçam com humildade.

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  3. Bem, o que acrescentar nos tão lúcidos comentários, apenas que, o dinheiro anda e para tudo ou não adianta dar murro em ponta de faca.

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