Zito é mais um no time do céu

Minha geração e outras anteriores, foi uma geração privilegiada em todos os sentidos, cultural, esportivo, musical, cinematográfico, etc e tal, vivemos a geração de Ouro, o tal Anos Dourados, que foi da metade ao fim dos anos 1950, vivemos a geração de chumbo, o tal Anos de Chumbo, que seguiram os dourados anos 50 e seguiu té o final dos anos 1960 pegando um pouco de 1970.

A música está perdendo suas referências, esta semana se foi Fernando Brant, letrista de alto nível e que nos deu, além de outras pérolas da MPB, uma tal de Travessia, que foi sucesso pelo mundo inteiro na voz marcante de Elis Regina e/ou Milton Nascimento. Foi mesmo uma travessia da seresta, dos velhos e deliciosos boleros, do samba canção e das canções de amor mais melodramática para o modernismo de Gil e Caetano, Tom & Vinícius, a Jovem Guarda com Roberto Carlos e sua turma, que mudaram a música sem perder a qualidade. 

E no nosso assunto preferido então nem pensar, a geração 1950 está indo embora e mais um campeão do mundo, em 1958, se despede da vida aqui na  terra e vai jogar suas peladas no espaço superior, Zito, o fino da bola, que formou um dos mais perfeito meio de campo do mundo tanto no seu Santos FC quanto na Seleção Brasileira, na Vila Famosa com Mengálvio e com a camisa amarela, também famosa, com Didi, volante clássico, elegante e de fino trato com a bola e com as pessoas.

Quem conheceu José Ely Miranda, o Zito, sempre diz que era um cavalheiro, um gentlmen, um homem dedicado aos amigos, ao futebol e a família, em campo eu o vi jogar e posso muito bem analisar suas atuações, porém, tem sempre um porém, fora dele não o conheci, jamais conversei com ele e apenas passei perto do moço e o admirava e, confesso, em todas das duas vezes eu tive o impulso de ir ao seu encontro, mas uma enorme quantidade de pessoas também queriam abraçar, apertar sua mão e trocar um dedo de prosa com o ídolo. 

Foram 82 anos bem vividos e cheios de histórias para contar, histórias vitoriosas com o Santos e com a Seleção Brasileira recheadas de títulos, viagens e jogos sensacionais, principalmente aqueles contra o Botafogo, em qualquer palco deste país, onde se reuniam os mais geniais jogadores de futebol de todos os tempos. 

O futebol fica de luto mas a lembrança de Zito será eterna para quem o viu jogar e para quem o admirava na vida fora das quatro linhas. 

Comentários

  1. Vou incluir o Zito neste artigo que fiz em 2008 : Eles devem estar batendo um bolão na terra do Pedrão.


    Como a bronca é geral com a atual qualidade de nosso futebol, e também como só temos o Neymar como craque fora-de-série jogando atualmente, comecei a relembrar com saudades de alguns grandes craques de futebol que já nos deixaram. Lá em cima, nos campos celestiais, certamente nosso Pedrão deve incentivar alguns jogos inter-celestiais.
    Como seria o futebol ” lá em cima ” ?
    Sem esgotar o assunto, lembrei-me de jogadores, técnicos, dirigentes, árbitros, publicações :

    JOGADORES
    Castilho, Cláudio, Jose Poy, Pompéia, Fernando, Djalma Dias, Mauro Ramos de Oliveira, Fontana, Everaldo, Dequinha, Ari Ercílio, Pinheiro, Calvet, Aldemar, Zequinha, Roberto Belangero, Bene, Rafael, Chicão, Alcir, Didi, Enéas, Toninho Guerreiro, Ademar Pantera, Garrincha, Vavá, Jair da Rosa Pinto, Zizinho, Dida, Almir, Danilo Alvim, Pinga, Dener.

    ÁRBITROS
    Mário Vianna, Airton Vieira de Moraes – o popular Sansão, Anacleto Pietrobom, o popular Valussi, Dulcídio Vanderlei Bosquilla, Romualdo Arpi Filho e também Eunápio de Queiróz.

    CARTOLAS
    Vicente Mateus, Ferrúcio Sandoli, Jordão Bruno Sacomani, Athiê Jorge Curi, Mendonça Falcão, Otavio Pinto Guimaraes, Fadel Fadel, Carlito Rocha, Renato Stelita.

    NARRADOR ESPORTIVO DE RÁDIO
    Waldir Amaral, Fiori Giglioti, Pedro Luis, Jorge Curi, Oduvaldo Cozzi, Doalcei Camargo, Edson Leite.

    NARRADOR ESPORTIVO DE TV
    Ari Silva, Raul Tabajara, Geraldo José de Almeida.

    TECNICOS
    Renganeschi, Irmãos Aimoré e Zezé Moreira, Osvaldo Brandão, Tele Santana, João Avelino, Paulo Amaral, Claudio Coutinho, João Saldanha, Vicente Feola, Filpo Nunes, Oto Glória, Silvio Pirilo, Gentil Cardoso.

    REVISTAS ESPORTIVAS
    Revista do Esporte, Placar, Manchete Esportiva, Globo Sportivo, Gazeta Esportiva Ilustrada.

    SEMANÁRIOS ESPORTIVOS
    Mundo Esportivo de Geraldo Bretas e Equipe de Wilson Brasil.

    E na arquibancada os milhares de torcedores que lotaram os estádios desde os anos 40 .


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  2. Parabéns ao Dutra e ao Gilberto Maluf pelo que escreveram. Zito, bicampeão do Mundo com a Seleção Brasileira de futebol, Suécia/1958 e Chile/1962, com certeza foi um fora de série.
    Eterna saudade.

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    Respostas
    1. Zé, estou triste, você vai fazer uma falta danada lá em SAMPA, mas está perdoado o motivo é justo.

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  3. Curiosamente comentei com um amigo aqui em Cordeiro que nunca tinha visto o Zito jogar ao vivo, pois quando comecei a ver futebol nos campos o Santos já jogava com um tal Clodoaldo. Daqueles que não vi, e que tenho inveja daqueles que viram são Zizinho, Zito, Didi e Dida. Bonita mensagem Dutra, o passamento de Fernando Brant e Zito não tiveram pra mim, uma maior atenção da imprensa., eles mereciam muito mais. De Fernando cantaremos até o nosso fim diversas canções que ficarão para eternidade, de Zito além de alguns tapes, ficará sua simpatia e seu amor ao Santos e ao futebol.

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  4. Só o Gilberto pra lembrar de Fadel Fadel. Bem legal seu comentário.

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  5. Já foi dito tudo o que deveria acima. Belos textos e como bem disse o Sefinho, eles mereciam muito mais citações para mostrar, principalmente aos mais jovens, como se fazia uma ótima música e jogava um futebol de alto nível.

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