E o Vasco conseguiu o acesso

E o Vasco subiu. E o Vasco lotou o Maracanã. E o Gigante voltou. E o campeão voltou. E o time de Joel não jogou nada. E... Bem aí eu deixo para o Jofrão, velho amigo da Tijuca, contar o que ele passou durante as três ou quatro horas em que esteve no Maracanã para ver o fecho glorioso de seu CR Vasco da Gama.

- Dutra, tem duas coisas indescritíveis, a primeira este amor louco desta torcida maravilhosa pelo meu Vasco da Gama, e a segunda, bem a segunda você também sabe muito bem, o nosso time é horrível, nosso técnico está gagá e a diretoria que sai foi a pior de todos os tempos no Gigante da Colina.

Esperei meu companheiro de jornadas do Bar do seu Arthur, ao lado da Brahma, na Rua José Higino, e parceiro dos bons nos tempos que frequentava a geral do Maracanã, tomar um fôlego, ele ligou assim que terminou Vasco 1 x Icasa 1, isto mesmo, o Vasco conseguiu o acesso com o resultado que interessava, o empate contra o modesto Icasa, que debutava no Maracanã. 

- E aí, Dutra, como eu dizia, o time é horrível e só se classificou porque tiraram seis pontos do América Mineiro, porque se vamos para decisão lá em Florianópolis, contra o Avaí, precisando vencer, faríamos companhia ao Botafogo e ao Macaé na segundona do ano que vem. Aquela bola, no final do jogo, que o cara do Icasa perdeu, se entrasse, eu garanto que uns cem velhinhos, que estavam nas cadeiras do Maracanã, morreriam de infarto fulminante. 

Senti que o desabafo do amigo iria ser prolongado e, para evitar um infarto no Jofrão, preferi encerrar o papo, dizer que estava ao volante, dirigindo de volta para casa, e prometi ligar depois para voltar ao assunto, mas com certeza deu para detalhar o que foi o jogo de ontem, no Maracanã e não em São Januário como eu informei no post abaixo, e como foi sofrida a classificação do Vasco da Gama para a Elite no ano que vem.

Comentários

  1. No seu diálogo com Jofrão você escreveu tudo que eu pretendia sobre o jogo Vasco x Icasa, foi um jogo dramático, puro sofrimento! O primeiro tempo deu para quebrar o galho com o Vasco vencendo por 1 x 0, depois a coisa começou a degringolar e só não fomos para o brejo porque nossa senhora da Vitória deve ter dado uma ajudazinha.
    Os velhinhos do Maracanã por pouco, muito pouco mesmo, não morreram de raiva ou susto, e os que estavam em casa acompanhando pela TV, como eu, também. Em compensação, minha noite foi maravilhosa! Assisti ao show do Fagner ao vivo no Álvares Cabral - Vitória – ES, onde comemorei a volta do Vasco a série “A” tomando duas latinas de cerveja, gostei muito.
    O importante é que voltamos à série A da CBF. Ano que vem será outro ano. Fica a pergunta: será com mais ou menos sofrimento? Só Deus sabe agora.

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  2. Deus e o Eurico. Ele já sabe de tudo, até ao final do mandato.

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  3. Sefinho, conversando hoje pela manhã com um amigo vascaíno ele me disse uma coisa que me chamou atenção. Na opinião dele, alguns jogadores profissionais de hoje, por serem ricos ou quase ricos, um ou outro até tem título que o clube que defende hoje não tem, muitas vezes esnobam os clubes que jogam, não sabem que, breve, serão ilustres desconhecidos, já o clube fica para sempre na história. Portanto, em minha opinião, a torcida do Vasco presente ao Maracanã, sábado, demonstrou muito bem a esses jogadores o que eles representavam para ela, simplesmente desprezo, quando ao final da partida foram saudados pela classificação com uma sonora vaia, aliás, supermerecidas vaias, pois a maioria daqueles jogadores não é digna de vestir a histórica camisa do CR Vasco da Gama.

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  4. Não estaria eu mais por aqui, se não fossem por publicações do Adilson sempre apontando para algum tema e desenvolvendo-o com lucidez e moderação, mesmo que, por vezes eu não concorde e também pelos comentaristas que por aqui desfilam idéias e pensamentos com desenvoltura e também com a lucidez. É claro meu amigo Categoria que seu amigo está certo e não seria mesmo possível que, daqui a uns dez anos lembraremos de Douglas ou mesmo Guiñazú, como não lembro com frequência de Iranildo ou Elder mesmo sendo esses últimos campeões pelo meu clube. Lembramos dos craques, aqueles 50 mais, que sempre fica faltando um na minha lista ou na sua ou na do Adilson e por aí afora, sempre falta um. No final fica sempre o clube, a razão de estarmos por aqui, nos estádios, nas poltronas de nossas casas, nos bares etc etc etc.
    É lógico que ele não deve ser o abestalhado do Mano Belo, não saberia articular três ou quatro palavras deste pensamento, que por sinal me fez lembrar um trecho de uma canção ou poema de Caetano e Gil chamado "Haiti" quando seu amigo diz, "por serem ricos ou quase ricos" é muito interessante esta aproximação do "quase" ao retorno à pobreza que na maioria dos ex-atletas atravessam uma linha muito tênue entre o rico e o pobre, ficam sempre no "quase", e "quase" nunca fincam o pé e por isso passam e o clube se eterniza mesmo sendo o América do Rio.

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