Que falta me faz um Dominguinhos

Traga-me um copo d’água eu tenho sede... Sede de música boa, de ótima qualidade, como fez Gonzagão, aquele que disse que você seria o seu sucessor, sede de ouvir uma sanfona bem tocada, com maestria dos sábios. 

A planta pede chuva quando quer brotar e hoje o céu escurece porque quer chorar. Você, Dominguinhos, já é saudade e já podemos dizer por aí “que falta sinto de um bem, que falta me faz um xodó”. 

Dominguinhos é daquela geração que nasceu, musicalmente, nos anos sessenta, explodiu nos anos setenta e até hoje é reverenciado por grandes nomes da Música Popular Brasileira, é daqueles que caíram no mundo durante os festivais e o produto de seu talento até hoje está na cabeça e no coração dos jovens, como eu, daqueles anos dourados.

Ele foi cantado por vários companheiros, acompanhou grandes ídolos e marcou seu nome e sua sanfona nas tardes bonitas das televisões brasileiras, que hoje, infelizmente, é ocupada por, bem deixa prá lá, você sabe por quem e não quero me aborrecer citando estes moços, pobres moços, que ficam milionários com a música e deixam seus fãs pobres musicalmente.

Que bom poder estar contigo de novo, ouvindo seus discos, poderia dizer daqui alguns dias, mas é duro ficar sem você  ao vivo, cantando bonito com esta voz de trovão, parece que falta um pedaço de mim mas tem gente, lá em cima, que parece que  vai mergulhar na felicidade sem fim e te esperar de braços abertos para reviver aquele dueto maravilhoso, né mesmo Luiz Gonzaga?

Lá se foi Dominguinhos, mas ficaram alguns herdeiros de verdade, mas aquela gravadora só vai dar valor a outros nordestinos, aqueles que não nos alegram, mas nos aborrecem com suas músicas apelativas e de qualidade duvidosa e, por aqui, meu ídolo, vou levando a saudade do meu jeito assim, que alegre o meu viver. 

Que falta me faz um Dominguinhos

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