Lá vai Djalma Santos... Adeus!

Lá pela metade dos anos 90 fui a Rua Javari, um Juventus x Americano, e tive o prazer de me sentar ao lado de um dos maiores jogadores que o Brasil conheceu, um senhor negro, com cabelos brancos, com uma memória fantástica e histórias maravilhosas para contar.

Djalma Santos estava cercado por jovens e senhores encantados, como eu, com sua prosa, com sua simpatia e todos, sem exceção, faziam questão de um aperto de mão mais forte, um abraço e alguns até conseguiram tirar aquela fotografia, tão fácil nos dias de hoje, mas que naquele tempo só mesmo quem se preparava para isto.

Eu o vi jogar com a camisa da seleção, o vi jogar no Palmeiras e no Atlético Paranaense, onde, me parece, encerrou sua carreira profissional, não a de jogador de futebol, que durou até cair batido pela doença e não pela idade, dizem, lá em Uberaba, que Djalma Santos brincou de jogar bola até não poder mover mais as pernas com agilidade.

Quem sou eu para desmentir Carlos Alberto Torres, o grande Capitão do Tri, que ontem falou sobre Djalma Santos e repetiu o que ele já cansou de dizer: “Foi e será o maior lateral direito do mundo, em todos os tempos”, e o Capita tem toda razão, futebol simples, objetivo e um cruzamento tão perfeito que serve de exemplo até hoje para esta moçada que acredita jogar futebol com talento.

A morte de Djalma Santos nos faz pensar que realmente nada é eterno, mas o amigo que me lê, que é daqueles mais antigos ou saudosos, terá certeza de que aquele time de 58 ou o prolongamento dele, o de 62, ou aquela Academia do Palmeiras, na década de 60, será tão eterna quanto a saudade que a gente tem dos craques que se vão. 

Comentários

  1. Na época ninguém batia lateral com tanta força. Parecia que era com os pés. Pés que inovaram no levantamento da bola, dando um toque, por cima da bola, com a direita, trazendo para a esquerda, que ficava estática, e a bola subia para o devido controle.
    Vi muito duelos dele com o Gilson Porto, Pepe, Paraná, etc.

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  2. Perdemos ontem dois gênios, um que usava as mãos e o outro os pés. Os dois eram perfeitos no que faziam e muitas saudades deixarão para o povo brasileiro, já tão carente de boas músicas e craques do tipo. O Gonzagão e o Garrincha estão de braços abertos para receber companheiros de tão alto nível. O Djalma Santos tem um recorde que dificilmente será batido, pois em apenas um jogo na Copa de 58, o da final, foi eleito o melhor lateral da competição.

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  3. Tem gente que prefere o, deixa pra lá, e o, melhor não dizer, pense bem quem são os O e guardem para vocês. Eu vi Djalma Santos, vi Carlos Alberto, vi Leandro, e agora tenho que ver Alessandro, Léo Moura, Nei e dizer que são bons. Vi Gonzagão e Dominguinhos, e me dizem que tenho que ouvir Calipso? Me poupe, vou continuar ouvindo este monstro da sanfona.

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