Quatro gols e um segundo tempo bem melhor

Felipão ousou e no intervalo trocou o volante Luis Gustavo, que pelo visto só entrou jogando para justificar sua convocação e a exigência de traze-lo para o amistoso, e botou o time ofensivo, com toque mais rápido e jogadores mais habilidosos, saiu também Felipe Luiz para que entrassem Hernanes e Marcelo e deu resultado, o gol veio logo em seguida com ótima jogada do volante da Lazio e a excelente complementação do artilheiro Fred, que achou a primeira bola para finalizar após 55' em campo.

Se é um jogo preparatório, para testar o potencial do time e encontrar a melhor formação, o treinador Luis Felipe Scolari não deveria ter sacado Hulk e colocado um volante, Fernando, logo após tomar o gol de empate, em chute de fora da área e que pelo visto assustou o técnico da CBF.

Neymar sumiu ante a marcação da zaga, sem faltas ou anti-jogo, e a Inglaterra começou a mandar no jogo e a torcida foi junto com os ingleses. Aí botei o som na tevê para ouvir os bajuladores Galvão, Ronaldo, o fenômeno, e Casagrande, que em momento algum criticam os erros ou atuações dos apagados jogadores convocados por Felipão e as mudanças erradas do treinador.

Se o empate já estava irritando o torcedor, alguns cronistas creditaram a Júlio César a culpa do chute de Chamberlain, que entrou no canto, imagine quando Rooney fez o segundo, um golaço de fora da área, e o Maracanã passou a pressionar o banco de reservas brasileiros.

E aí, quando Felipão botou Bernard no aquecimento e anunciou que Paulinho iria sair, o ótimo meia do Corinthians desobedeceu as ordens do técnico da CBF e foi a frente tentar o que os atacantes não conseguiam, furar a defesa inglesa, o que aconteceu aos 36' do tempo final com um gol muito bonito, um voleio, de dentro da área, local proibido para ele pelo treinador.

Se o primeiro tempo foi fraco, deprimente para quem estava assistindo, o segundo tempo valeu pela movimentação e pela boa partida da Inglaterra, que buscou jogar aquilo que não conseguiu, ou não pode, jogar no primeiro tempo. Quatro gols, dois destes de bela feitura, e uma movimentação mais ativa das duas seleções.

Eu disse acima que se é um teste valeu a pena, o técnico da CBF teve a chance de rever seus conceitos e esquecer os ensinamentos do mestre Parreira, que acredita que o gol é um mero detalhe e use o ensinamento do "profexô" Luxemburgo, que diz: "o medo de perder tira a vontade de vencer". 

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