O pensamento de uma geração: "Foi um rio que passou em minha vida"

Lendo agora cedo, naquela leitura matinal obrigatória, a coluna de Arnaldo Jabor, em O Globo, relendo meus comentários, no início das manifestações, lá no Facebook, reparo uma coincidência, só vista em quem viveu aquele período negro, que os jornalistas da época denominaram "Anos de Chumbo", o pensamento sobre as infiltrações de rebeldes, baderneiros, bandidos e "paus mandados" nas passeatas e provocando desordens por onde passam.

As coincidências começam no título, "Foi um rio que passou em minha vida", o nome de uma canção dos anos 60, de Paulinho da Viola, que marcou nossa geração e foi tema de uma conversa no Face logo que os jovens brasileiros iniciaram a movimentação, via Internet, para mobilização contra corrupção e da falta de segurança, saúde, educação e transporte público.

Eu dizia, na ocasião, que tinha uma outra canção do Paulinho da Viola, que definia bem os políticos corruptos brasileiros, "Dinheiro na mão é vendaval", e falava das fugas com dinheiro na cueca e com políticos travestidos de mulheres para fugir da Polícia Federal nas barreiras sul americanas. 

Jabor lembra que nossa reclamação era tímida, apenas queixosa, mas sem manifestação pública do que pensávamos, até que a juventude resolver acordar o gigante adormecido e aí, lembra o cineasta e comentarista político do Globo e do Estadão: "Meu Deus! Não podemos nem roubar em paz, esta corja tem que ficar azucrinando o ouvido da gente", mais ou menos assim se manifestou o autor do texto citado neste post, ironizando os políticos corruptos do Congresso Nacional.

É a pura verdade, o gigante acordou e tem apenas um adversário, os infiltrados que tendem e tentam transformar o processo pacífico de manifestação em tumulto generalizado para que o resto da população, aqueles neutros ou inertes ou aproveitadores, apareçam e digam "Eu não falei que era baderna?"

Então amigo manifestante, o recado dado logo no início do movimento, para que tomassem cuidado com os baderneiros, que pode ser seu amigo, seu companheiro infiltrado a mando de seus líderes, está mais do que válido, Jânio de Freitas, veterano e excelente colunista do Estado de São Paulo, também chama a atenção para isto em sua coluna de hoje, Vozes x Vozes que alerta a população para ficar ao lado dos pacifistas.


Comentários

  1. Muito boa a análise da situação.

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  2. Vindo de você (respondendo como um paulistano) é um puta elogio. Valeu, Mano.

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