Análise otimista da Copa das Confederações

Então vamos conversar sobre Copa das Confederações, o assunto do momento em todas as mídias e, infelizmente, não é o prato principal das conversas de esquina, fila do pão e dos bares da vida. A seleção da CBF ainda não foi digerida pelos meus parceiros de conversa, pela turma da padaria ou pelos rapazes do botequim, ainda falta um algo mais que não está fácil de encontrar.

Dizem, com um pouco de receio, que por jogar no Brasil a seleção de Felipão é favorita. Concordo plenamente e pelo que estou vendo, nas seleções que chegam por aqui para a Copa das Confederações, não há mesmo adversário que possa atrapalhar o desejo da CBF em ficar com a taça, mas sabendo que a Espanha pode ser o grande rival nesta competição.

Um torneio que tem uma seleção italiana "meia boca", já velha e cansada das batalhas da temporada difícil e extenuante, um time amador vindo das ilhas mais bonitas da Oceania, o Taití é apenas um grupo de turistas ávidos por bons passeios no Brasil, presente para quem conseguiu o grande feito de ser campeão do continente. Quem acredita que os taitianos irão perder de menos de cinco em cada jogo levante do dedo! 

Tem o México, que para os malucos por futebol na telinha da televisão não é novidade nenhuma e nem um bicho papão. Os aztecas venceram as Olimpíadas? Acho que não, no meu pitaco, do ano passado, sobre os Jogos Olímpicos, eu disse que o Brasil perdeu a medalha de ouro e não o México que ganhou. Certo ou não?

Os mexicanos também sofrem com o excesso de jogos na Europa, a maioria dos seus jogadores estão em ritmo de férias e também travam duras batalhas nas Eliminatórias da Concafaf, que é dura e pesada como a africana, onde a Nigéria, outro campeão de continente, também participante da Copa das Confederações, vem para o Brasil na condição de mero figurante.

Ah! Tem o Uruguai, campeão da Copa América e quarto colocado no Mundial de 2010, na África do Sul. Tudo bem, mas e nas Eliminatórias 2014 o que faz a Celeste Olímpica? Passa sufoco contra Bolívia, perde para Chile e Equador, enderece o jogo contra o Paraguai ruins das pernas, e disputa a quinta vaga da América do Sul contra a Venezuela. Pode acreditar em um time destes? Só tem Cavani em forma e nada mais, seus ídolos, como Forlan e Loco Abreu, envelheceram e estão pedindo aposentadoria.

Minha turma confia muito na Espanha, que ainda está na memória de todos que viram a Eurocopa e o Mundial da África do Sul. Porém, tem sempre um porém, como os uruguaios os espanhóis passaram do tempo e estão procurando renovar a sua já desgastada seleção. O toque de bola continua o mesmo, vimos isto nos jogos das Eliminatórias Europeias, mas faltam atacantes para finalizar e, aliás, este foi sempre o problema da Espanha nos últimos tempos.

E então, vale a pena ficar de olho na Copa das Confederações? Vale ficar sem tirar um cochilo na tarde de segunda-feira para ver Nigéria x Taití? Vale perder a festa junina da neta para ver Brasil x Japão? Vale ir ao Maracanã para ver o primeiro jogo oficial do novo estádio entre México x Itália? Sei lá, sabe, acho que vale tudo pelo bem do futeboleiro maluco por jogos na telinha da tevê.


Comentários

  1. Caso esta competição não tenha nenhum fator extra campo, não vejo a Seleção do Felipão com chances de título. Apesar da experiência e do aparente cansaço, vejo a Itália, ao lado da Espanha, como favoritas.

    Iremos ver, já de início, a dificuldade que o Brasil enfrentará com o Japão, na primeira partida. Contra a Itália, é derrota, na certa.

    Vejo o México como o adversário mais fácil de ser batido.

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  2. O México tem contra o Brasil aquela história de tabu, e quem acredita em tabu teme. Itália tá motivada, ao contrário da Espanha, que não está muito afim.

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