E deu Botafogo x Vasco na final da Taça GB

Bastaram mais quarenta e cinco minutos de uma semifinal para que o torcedor rubro-negro caísse na real e entender que o time não está pronto para grandes jogos, que Rafinha não passa de um bom jogador, ainda em formação, que Hernane não está apto para ser o número 9 e que Elias foi uma contratação cara e pouco eficiente.

Bastaram mais quarenta e cinco minutos para que o torcedor alvinegro entendesse que Osvaldo Oliveira é um treinador de ponta, com capacidade de montar um time vencedor com elenco limitado no ataque e com uma áurea de campeão que poucos técnicos brasileiros possuem.

O Flamengo tentou chegar ao empate de forma desordenada, todo equilíbrio mostrado nos jogos classificatórios da Taça Guanabara caiu em noventa minutos de um jogo mata-mata, as peças fundamentais falharam e apenas a defesa se saiu a contento. Do outro lado, com a liderança de Seedorf e Bolívar, o Botafogo se segurou como pode e ainda saiu no lucro, com um gol no minuto final que saiu devido ao desespero do adversário.

Vitória de quem soube administrar um gol conquistado no primeiro minuto, que fez a vantagem do jogo mudar de lado. Vitória de quem teve sangue frio para segurar aquilo que conquistou de forma antecipada e, como o próprio Osvaldo Oliveira disse no final: "Meu time fez um gol no momento certo e teve capacidade de saber lidar com a vantagem".

O Flamengo não estava preparado para virar um jogo, entrou para vencer e não soube sair da armadilha preparada pelo Botafogo após levar o gol de Júlio César, o gol de Vitinho já veio quando tudo estava definido e o 2x0 foi pesado demais para o que se viu no segundo tempo.

Reclamam de um erro de arbitragem, mas isto é tão normal neste país que um dia foi chamado de país do futebol, que não serve nem como paliativo para tentar justificar uma derrota. Vasco e Botafogo decidem o título contrariando a todos e confirmando que o futebol é imprevisível e improvável e por isto é apaixonante. 

Comentários

  1. Adilson, mais um jogo de baixo nível técnico, como já está sendo de costume aqui no Rio, onde maltrataram a bola em um gramado de alto nível, que em vários momentos da partida parecia um jogo de ping pong. O que me irrita é a narrativa do espetáculo querendo passar para o telespectador que estamos vendo um "jogaço", com muitas emoções. Será que eles pensam que nós somos trouxas, não entendemos um pouco de futebol? A final mais esperada seria FlaxFlu. Os dois mais fracos, aparentemente, conseguiram surpreender e disputam o título.

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  2. Meu Caro Dutra, seus comentários são tão realistas que fica difícil provocar um contraditório que, às vezes, faço só para a longar o papo, porém, você já percebeu isso e nem liga mais para isso.
    Sobre a nova safra de árbitros, até aqui, não está dando mole ao FLA, também estava de mais! No jogo de ontem, o Botafogo esteve perto de sofre o empate e consequente a desclassificação se o árbitro tivesse dado aquela penalidade máxima que, ao meu juízo existiu. Mas, foi lance interpretativo, portanto, lógico, se fosse contra o meu Vasco diria que o árbitro acertou em não marcar e se fosse a favor diria que errou. Coisa de torcedor apaixonado.
    Sobre o Rafinha já expus minha opinião aqui: o FLA tem ao longo de sua história produzido jogadores que surgem em jogo contra o Vasco e depois desaparecem, acho que esse Rafinha será mais um.
    Considero bom o time que está sendo montado pelo Dorival Jr., porém, apenas bom. Só que no FLA o bom é extraordinário! Ai mora o perigo! Tanto para o Dorival como para o time. / Abrs.

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