Segundona: Eram 21 e já são 19, por enquanto

Vai começar a Segundona Rio e os pequeninos e pobres times do interior ou do entorno da capital vão ficando pelo caminho. Antes de começar a festa o Rio Branco anunciava que estaria fora se não mudassem as regras do jogo, não mudaram e o Róseo Negro campista avisou, no início do mês, que está desligado e prefere voltar a Terceira, um dia qualquer, do que ter mais prejuízos jogando este deficitário campeonato.

Eram vinte e um e ficaram vinte na disputa, dez em cada grupo, e muitos acharam ruim com a decisão do Rio Branco, de Campos. Agora, faltando apenas uma semana para o início da Segundona Rio, mais dois jogam a toalha e outros poderão fazer o mesmo no decorrer da competição, sinal que nem tudo são flores na Federação de Futebol do Rio de Janeiro.

O Imperial, de Petrópolis, já avisou que está fora e o Barra da Tijuca pode ser o próximo. Qual o motivo? Taxas absurdas e patrocínio zero para que o clube se mantenha na disputa. Sabem quanto custa jogar uma partida, em casa, pela Segunda Divisão do Rio? O mínimo de R$ 4 mil o que é altíssimo para um Paduano, por exemplo, que luta desesperadamente para montar o time e arcar com o pagamento de salários e despesas de viagens.

Sabem quando custa, ao torcedor, ir ao estádio para ver, por exemplo, Imperial x Barra? R$ 20,00, isto mesmo, vinte reais é o preço de ingresso exigido pela Ferj, o que revoltou muita gente por aqui, que esperava pagar dez reais para ver Goytacaz x Americano e terá que desembolsar vinte pratas para ver o clássico campista.

Se vale ou não vale não sou eu que vou dizer, mas o torcedor não tem esta grana sobrando para ver jogos medíocres da segundona, claro que o clássico campista é uma exceção a regra, mas convenhamos, é muita grana para um espetáculo pobre na maioria das vezes.

E tem um outro detalhe, muito interessante por sinal, a maioria dos estádios não tem autorização para receber público em seus jogos e os times, mais uma vez, ficam privados de fazer "caixa' nos jogos em que tem mando de campo. Quem aguenta tanto prejuízo acumulado?

Faltam cinco dias para abertura oficial do Estadual da Segunda Divisão do Rio de Janeiro e querem ter certeza do que estou comentando? Deem uma chegada na página oficial da Ferj e procurem o Bira, que é o Boletim de Registro de jogadores, e veja quem seu time inscreveu e está liberado. Olhe que muitos estão em exigências e os clubes não tem grana para pagar as taxas cobradas pela entidade que manda e desmanda no futebol do Rio de Janeiro.

Comentários

  1. Adilson, a respeito do seu comentário a respeito do valor do ingresso, o valor mínimo é R$ 10,00 conforme preve o regulamento no seu art. 14 paragrafo 2º "Para fins contábeis o valor mínimo de uma arquibancada inteira não poderá ser inferior a R$ 10,00 (dez reais)". Portanto foi o Goytacaz que escolheu o valor de R$ 20,00. Para o classico tudo bem, agora para os outros jogos esse valor tem que ser reduzido.

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  2. Entendi, mas mesmo assim tem jogo que vale apenas uma mariola e nem os dez paus merecem ser pagos nas bilheterias. Este de sábado, aqui no Arisão, pode sim ser cobrado o valor estipulado, tem muita procura e poucos lugares disponíveis e é preciso valorizar. Jogo para casa muito cheia.

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  3. Será que o Americano vai conseguir vender os 200 ingressos que pegou? Pelo menos a metade tenho certeza que vai devolver.

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  4. Os ingressos destinados aos torcedores do Goytacaz vão acabar. Vai vender tudo. Então, o jeito vai ser comprar estes destinados ao timinho do parque de diversões

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