Está faltando alguma coisa para melhorar

Ontem, antes da segunda parte do desfile dos blocos, em Miracema, levei dois dedos de prosa com a Deolinda Zapp, a Preta, e trocamos ideias sobre o que se passa na Rua Direita e o que vivenciamos anos atrás. 

O assunto preferido de todos, eu disse todos mesmo, os amigos que conversei neste período em que estive aqui na terrinha, é a ausência dos blocos como Fogaréu e Levanta Povo, que deixavam as ruas da cidade mais animadas e os bares entupidos de foliões.

Onde anda a turma que sempre botou na rua o Bloco das Piranhas? Onde andam aqueles palhaços, animados e corajosos, que enfrentavam o sol de 40 graus para curtir as marchinhas que tocavam no serviço de som da Rua Direita?

Blocos? Só a noite e assim mesmo sem a beleza ou organização de outrora. Palhaços? Vi poucos. Bloco de Sujos? Não encontrei nenhum. Esta é a nova fase do carnaval, que agora é apenas um feriado prolongado que a turma festeira resolve deixar a cidade e buscar uma praia para relaxar, curtir um som diferente e se preparar para enfrentar o batente do resto do ano.

Fiz um vídeo, já postado no You Tube, mostrando a tradicional passarela do samba, a Rua Direita, completamente vazia e com a bandinha, contratada pela Prefeitura, tocando sambas e marchinhas dos velhos carnavais, para um público formado por cinco pessoas, eu, minha filha, meu genro, minha neta e uma foliã triste com o que via por ali.

A Preta me dizia que estava faltando algo que ela não sabia explicar. Eu explico, minha cara amiga, dê só uma olhada pela Rua Direita e me diga quantos bares tem por ali. Apenas a Kiskina e folião gosta de beber umas e outras para esquentar as turbinas e como vão para outros cantos da cidade o centro fica vazio e sem agitação de outrora.

Comentários

  1. entupida de gente com tudo quanto é tipo de comércio no novo calçadão, bandinhas e pequenos blocos desfilando durante todo o dia; no Centro da cidade gente e mais gente na rua principal que estava completamente tomada nas laterais e em toda sua extensão. Dois blocos animadíssimos: um deles com músicas dos velhos carnavais do RJ, o outro, o da "CACHORRA DOIDA" (bloco que vi surgir há 25 anos) arrastou e empurrou uma multidão, os que estavam com abadá, pagaram R$30,00 (99% de brancos com nariz empinados e algum samba nas mãos, nenhum no pé, estes desfilaram protegidos por cordas e seguranças, os que estavam fora das cordas formavam um sub-bloco chamado de PIPOCA, vale destacar que, esse bloco era imensamente maior e tomava toda à Rua, atrás, nos lados e na frente do "CACHORRA DOIDA".
    Guarapari está muito bem policiada, não vi nenhuma confusão, nadinha, nadinha.
    Acredito que o carnaval de Guarapari tenha agradado a maioria que buscou muito tumulto, pois tranquilidade por aqui não mais existe nesse outrora sossegado balneário. / Abrs.

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  2. Meu caro Adilson Dutra, não saiu todo o texto, então vamos para o que faltou. Escrevi que: tive a impressão que você não gostou muito do carnaval de Miracema. Não entendo quase nada de carnaval, então não darei nenhuma sugestão aos organizadores do carnaval de Miracema. Mas, em Guarapari onde estou com minha esposa, observei que o carnaval está muito animado. A Praia do morro está...

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  3. Adilson, creio que esse é o lema que deve orientar os organizadores do carnaval de Miracema: "LUGAR DE BLOCO É NA RUA!" Ao invés de desfilarem só à noite, deviam ser obrigados pelo regulamento a desfilar durante o dia. Já postei isso várias vezes no Blog O Vagalume.
    Agora, quanto ao Kiskina, não sei se é causa ou consequência...

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